FIIs mais promissores para 2022 superam mercado e retorno com dividendos chega a 13%; Ifix fecha em queda

E mais: 7 fundos pagam dividendos; CTXT11 quer captar R$ 6,6 milhões em nova oferta; novos números do setor logístico em SP

Wellington Carvalho

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No final de 2021, o InfoMoney ouviu analistas e casas de research para descobrir os fundos imobiliários mais promissores para 2022, que estava prestes a começar. Quase um ano depois, o que aconteceu com os cinco FIIs selecionados? Na comparação com a média do mercado, o conjunto de carteiras não decepcionou.

Em média, os cinco fundos imobiliários favoritos para este ano registraram retorno de 6,65%, acima do desempenho do Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa, que subiu até agora 1,49%. Neste quesito, o Valora CRI (VGIR11) se destacou, com crescimento de 16,82% entre primeiro de janeiro e 12 de dezembro.

Os dados são da Economatica, plataforma de informações financeiras, e tomam como base a valorização da cota e a distribuição de dividendos ao longo do período.

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Aliás, o desempenho dos FIIs mais promissores para 2022 foi bastante influenciado pelo volume de dividendos pagos neste ano – principal objetivo da maioria dos investidores de fundos imobiliários.

Em média, a taxa de retorno com dividendos (dividend yield) das carteiras este ano ficou em 9,57%, compensando eventual redução no patrimônio gerada pela desvalorização da cota. Aqui, o destaque também ficou para o VGIR11, com o percentual de 13,49%. Confira a lista completa:

Fundo Ticker Segmento Dividend Yield – 12 meses (%) Retorno total – 2022 (%)
Valora Cri VGIR11 TVM 13,5 16,8
HSI Malls HSML11 Shoppings 9,3 7,3
CSHG Renda Urbana HGRU11 Renda Urbana 8,5 9,8
CSHG Real Estate HGRE11 Lajes Corporativas 8,3 -0,8
BTG Pactual Logística BTLG11 Logística 8,3 0,1
Média 9,57 6,65

Fonte: Economatica – 12/12/2022

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Com patrimônio líquido de R$ 729 milhões, o Valora CRI (VGIR11) – principal destaque da lista – tem atualmente o portfólio 100% alocado em certificados de recebíveis imobiliários (os CRIs).

De acordo com o último relatório gerencial do fundo, 98,1% dos títulos da carteira estão indexados à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) – que acompanha a taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

Na semana que vem, mais precisamente no dia 19, a carteira depositará R$ 0,13 por cota, montante equivalente a um retorno mensal com dividendos de 1,29%.

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Leia mais:

Ifix hoje

Na sessão desta terça-feira (13), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou com queda de 0,69%, aos 2.827 pontos. Confira os demais destaques do dia.

Maiores altas desta terça-feira (13):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
VIFI11 Vinci Instrumentos Financeiros Títulos e Val. Mob. 3
NSLU11 Hospital Nossa Senhora de Lourdes Hospital 1,83
SARE11 Santander Renda Híbrido 1,5
BPFF11 Brasil Plural Absoluto Títulos e Val. Mob. 1,22
RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa Lajes Corporativas 1,16

Maiores baixas desta terça-feira (13):

Ticker Nome Setor Variação (%)
GTWR11 Green Towers Lajes Corporativas -2,73
CPTS11 Capitânia Securities Títulos e Val. Mob. -2,68
RBRF11 RBR Alpha Títulos e Val. Mob. -2,68
VGIP11 Valora IP Títulos e Val. Mob. -2,35
HGBS11 Hedge Brasil Shopping Shoppings -2,28

Fonte: B3

CTXT11 quer captar R$ 6,6 milhões em nova oferta

O FII Centro Têxtil Internacional aprovou a terceira emissão de cotas do fundo, que pretende captar R$ 6,64 milhões, aponta fato relevante divulgado pela carteira.

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O valor unitário dos novos papéis foi fixado em R$ 12,96 e a taxa de distribuição será de R$ 0,19, totalizando um preço de subscrição de R$ 13,15.

Na abertura do mercado nesta terça-feira (13), as cotas do FII Centro Têxtil Internacional eram negociadas a R$ 12,47. Atualmente, o valor patrimonial do fundo – espécie de preço justo – está em R$ 36,01 por cota.

Cotistas com posição no fundo no final da sessão de quinta-feira (15) terão direito de preferência na oferta, que poderá ser exercido entre os dias 19 de dezembro de 2022 e 2 de janeiro de 2023.

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O CTXT11 é dono de 75% do empreendimento que leva o mesmo nome da carteira. O fundo enfrenta atualmente uma vacância de 97% no imóvel, localizado em São Paulo (SP). A carteira não distribui dividendos desde julho do ano passado.

De acordo com o fato relevante divulgado pelo fundo, os recursos captados na oferta serão usados para a manutenção e pagamento de despesas do Centro Têxtil Internacional.

Leia também:

Dividendos hoje

Confira quais fundos distribuem rendimentos nesta terça-feira (13):

Ticker Fundo Rendimento
RPRI11 RBR Premium Recebíveis  R$ 1,25
KNCR11 Kinea Rendimentos Imobiliários  R$ 1,10
KNHY11 Kinea High Yield  R$ 0,90
KNSC11 Kinea Securities  R$ 0,75
KCRE11 Kinea Creditas  R$ 0,51
KNIP11 Kinea Índice de Preços  R$ 0,50
VCJR11 Vectis Juros Real  R$ 0,43

Fonte: InfoMoney

Giro Imobiliário: SP ganhou quase 540 mil metros quadrados de novos galpões no último trimestre, aponta SiiLA

O mercado logístico de São Paulo ganhou quase 540 mil metros quadrados de novos galpões no terceiro trimestre de 2022, aponta monitoramento da SiiLA, multinacional especializada em análises do mercado imobiliário comercial da América Latina.

Segundo levantamento, foram contabilizados no período oito novos empreendimentos destinados às operações logísticas no Estado, além de uma expansão.

As regiões de Cajamar e Jundiaí foram as que mais receberam novas áreas de galpões, responsáveis por 44,34% e 21,31% das novas áreas, respectivamente.

Segundo a SiiLa, os novos espaços chegaram ainda desocupados e, consequentemente, elevaram em 2 pontos percentuais a taxa de vacância da região, que acabou o terceiro trimestre em 13,84%, contra 11,78% do trimestre anterior.

A absorção líquida do período – a diferença entre espaços locados e devolvidos – fechou o período em 259 mil metros quadrados.

O segmento de e-commerce, que vinha sendo um dos maiores responsáveis por locações de condomínios logísticos nos últimos meses, desacelerou 71% frente o segundo trimestre de 2022 e 54% na comparação com a média trimestral que vinha sendo registrada desde 2020.

Giancarlo Nicastro, Ceo da SiiLA, explica que a pandemia foi o grande impulsionador das vendas online e o movimento pode ser observado neste grande volume de áreas logísticas locadas por empresas de e-commerce. Segundo ele, o setor dobrou a área ocupada nos últimos dois anos.

“No entanto, com a volta dos consumidores aos centros comerciais e shoppings, o apetite por novas áreas acaba reduzindo”, pondera. “A tendência é que as pessoas continuem comprando online, porém, em volume menor do que no período em que havia restrições sanitárias e lojas físicas fechadas”, complementa.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.