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Os FIIs HCTR11 (HCTR11), Devant Recebíveis (DEVA11) e Versalhes RI (VSLH11) comunicaram ao mercado a intenção de executar as garantias de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) inadimplentes da Gramado Parks, empresa de turismo que está em recuperação judicial. O problema tem derrubado as cotações das carteiras nas últimas semanas.
Os CRIs foram emitidos pela Forte Securitizadora, que realizou esta semana uma assembleia geral de titulares dos títulos (AGT) para discutir a inadimplência referente aos papéis. No encontro, foi aprovado o vencimento antecipado das dívidas – previsto em contrato em caso de atraso no pagamento das parcelas dos CRIs.
Caso o montante total da dívida não seja quitado antecipadamente, os titulares dos papéis executarão as garantias dos títulos, ou seja, a venda de imóveis ou cessão de direitos dos devedores para o pagamento dos investidores – que neste caso, incluem os três fundos imobiliários.
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De acordo com os fatos relevantes divulgados pelos FIIs nesta sexta-feira (5), as ações alcançam pelo menos 19 operações, sendo 11 do DEVA11, sete do HCTR11 e um do VSLH11. Confira a lista:
HCTR11 (HCTR11)
Devant Recebíveis (DEVA11)
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Versalhes RI (VSLH11)
Em meio à inadimplência dos CRIs, o Versalhes (VSLH11) recuou quase 24% no mês passado – a maior queda do período. O Hectare CE (HCTR11), e o Devant (DEVA11), que também já haviam figurado na lista de piores resultados de março, tiveram quedas entre -13% e -17% agora em abril.
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O CRI é um instrumento usado por empresas do setor imobiliário para captar recursos no mercado. Na prática, essas companhias “empacotam” receitas futuras que têm para receber – como aluguéis ou parcelas pela venda de apartamentos – em um título, que é vendido aos investidores, como os FIIs.
Os papéis embutem um rendimento mensal prefixado e a correção monetária por um indicador, que normalmente é a taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) ou o IPCA.
Entre os CRIs inadimplentes reportados pelos FIIs estão os da Gramado Parks, que está em recuperação judicial com dívidas que somam R$ 1,36 bilhão.
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Em nota, a companhia afirma que está dedicada em seu processo de reestruturação financeira e empresarial para viabilizar o pagamento das dívidas de todos os credores, visando, principalmente, a preservação das suas atividades.
O grupo enfatiza que o endividamento foi gerado por uma série de fatores, sendo o principal deles “devido à estrutura de financiamento com sua principal credora, a Fortesec”. As altas taxas e encargos dos CRIs, bem como os juros altos, também contribuíram para esse quadro, aponta o documento.
A Gramado Parks destaca também que suas operações, como hotéis e parques, seguem com funcionando normalmente, sem qualquer mudança para os clientes e parceiros.
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A principal prioridade da empresa, sinaliza a nota, é a preservação de seus ativos, empregos e o interesse de clientes, colaboradores, fornecedores e investidores.
Às 12h45, HCTR11 (HCTR11) e Devant Recebíveis (DEVA11) operavam com alta de 2%; o Versalhes RI (VSLH11) subia um pouco menos, 0,6%.
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