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A inadimplência de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e a respectiva renegociação dos títulos fizeram a diferença mais uma vez no resultado do FII Tordesilhas EI (TORD11), que há quatro meses não distribui dividendos.
Do tipo híbrido – que investe em mais de uma classe de ativos –, o TORD11 tem priorizado a manutenção de caixa para suprir necessidades de capital dos investimentos da carteira que ainda não geram receita.
Atualmente, 47,5% do portfólio do Tordesilhas EI está concentrado em equities – participação do fundo no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários para a futura venda de unidades ou cotas. Os CRIs representam 17,8% da carteira.
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A situação dos certificados de recebíveis do TORD11 prejudica a operação do fundo, como destaca o relatório gerencial divulgado nesta quarta-feira (21).
“A receita apurada em regime de caixa dos CRIs no mês de abril (que geraria dividendos em maio) é explicada pelo não recebimento das operações inadimplentes e das operações em que foram concedidas carência de pagamento”, explica o documento.
O último repasse de dividendos feito pelo TORD11 ocorreu em fevereiro – referente aos resultados de janeiro. Na oportunidade, o fundo distribuiu R$ 0,05 por cota aos seus mais de 104 mil investidores.
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Diante da situação, o Tordesilhas EI acumula perdas de mais de 46% em 2023, mesmo com a alta de quase 16% observada no mês passado.
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“A equipe de gestão reafirma que, com a elevação dos custos de créditos e o arrefecimento econômico regional e global, passa a ser comum renegociações de dívidas em ativos high-yield [de maior risco]”, diz relatório da carteira. “O fundo está monitorando cuidadosamente a estrutura das operações e a viabilidade econômico-financeira dos modelos de negócios, bem como suas garantias, com objetivo de mitigar o impacto negativo na taxa de retorno do fundo”, completa o texto.
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