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SÃO PAULO – Investir nos EUA é uma possibilidade cada vez mais procurada por brasileiros. Seja pela busca pela diversificação, pelo maior mercado ou mesmo para aproveitar movimentos cambiais, muitas pessoas com maior patrimônio optam por investir na maior economia do mundo. O InfoMoney conversou com Livia Mansur, especialista no assunto e professora do InfoMoney Educação, para saber quais são as principais modalidades de investimento no país.
Ações
O mercado de ações nos EUA é muito parecido com o brasileiro em seu funcionamento básico. “A grande diferença são as alternativas de investimento. Nos EUA existe uma variedade enorme de empresas listadas em bolsa, muito mais do que no Brasil. Você pode investir em ações de empresas reconhecidas mundialmente e que são boas pagadoras de dividendos, como a Microsoft ou a Disney, por exemplo”, comenta Livia.
Além disso, é importante pontuar que, nos EUA, há uma visão diferente sobre o perfil do investidor no mercado acionário. “Enquanto no Brasil o investimento em ações é considerado algo extremamente arrojado, nos EUA, por causa da tradição de juros mais baixos, esse é um investimento que é feito até por aposentados. Além disso, o mercado (dos EUA) oferece opções mais conservadoras em relação ao que se encontra no Brasil”, aponta a especialista.
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Renda Fixa
Já o mercado de renda fixa, por sua vez, é bastante diferente do brasileiro. Diferentemente do Brasil, nos EUA, a maioria dos títulos conta com sua rentabilidade prefixada. “Normalmente apenas empresas de baixa qualidade emitem títulos pós-fixados. Isso faz com que haja uma forte volatilidade no mercado de renda fixa antes do vencimento do título para quem vender no mercado secundário”, explica Livia. Essa volatilidade pode significar altos lucros ou perdas para o investidor que sair antes do vencimento do seu título. Isso faz com que esse seja um investimento que exija ainda mais conhecimento por parte do investidor.
Imóveis
Tradicionalmente, o investimento em imóveis é um dos queridinhos do brasileiro. A especialista comenta que, na época da crise de 2008, com a queda do preço dos imóveis nos EUA e a desvalorização do dólar em relação ao real, muitas pessoas buscaram comprar casas de veraneio nos EUA, em especial na Flórida.
“No entanto, com em Miami, por exemplo, você paga um imposto anual que não é fixo e sim baseado em 2% do valor do imóvel. Isso significa, que um imóvel comprado em 2008, hoje provavelmente conta com o dobro de custos em dólar, mais os efeitos da desvalorização cambial do real. O que já era cara, agora está muito mais inacessível”, atesta Livia.
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Já quem compra imóveis para alugar nos EUA precisa entender que o preço do aluguel já cobre todas as despesas do imóvel, incluindo qualquer reforma e o condomínio, inclusive. “Além da questão dos custos, o investidor brasileiro provavelmente precisará contratar um administrador nos EUA para ajudar a fazer o negócio funcionar. Não é necessariamente a coisa mais rentável do mundo comprar um imóvel para alugar nos EUA”, pontua.
O investimento em fundos imobiliários, por sua vez, é bastante parecido com o Brasil. “O investidor pode encontrar uma vasta quantidade de fundos, em diversos setores diferentes, como no Brasil. Os REIT (como são conhecidos os fundos imobiliários nos EUA) também contam com a tradição de distribuir rendimentos para seus cotistas”, assegura Livia.