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SÃO PAULO – As empresas brasileiras movimentaram R$ 7,3 bilhões no mercado de capitais doméstico em agosto, um salto de 79% em relação ao mesmo mês do ano passado, conforme dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Considerando o volume total captado no acumulado do ano, as operações realizadas somam R$ 93,3 bilhões, o que representa crescimento de 59% na comparação aos oito primeiros meses de 2016.
O aumento das ofertas foi puxado pela emissão de ações, 275% superior a 2016, seguida de notas promissórias (154%), FIDCs – Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (153%) e debêntures (32,5%).
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A maior parte das operações de agosto se concentrou nas ofertas de notas promissórias, que somaram R$ 4,6 bilhões – o segundo maior volume mensal desde dezembro de 2014, quando as companhias emitiram R$ 5,8 bilhões.
Instrumentos para captações de empresas, as notas promissórias têm finalidade semelhante às debêntures, porém, com prazos de vencimento mais curtos. Em agosto, a oferta de R$ 3,7 bilhões da Natura liderou as emissões desses títulos. Foram realizadas ainda outras oito operações com volume médio menor, de R$ 114 milhões.
“O número de ofertas no último mês pode sinalizar que a redução mais acentuada da taxa de juros tem estimulado as companhias a optarem por instrumentos de curto prazo, com possível alongamento dos vencimentos das dívidas nos próximos meses”, afirma José Eduardo Laloni, diretor da Anbima.
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Do volume total captado com notas promissórias neste ano, 70,5% dos recursos foram para companhias de capital aberto, o que representa mudança de perfil em comparação a 2016, quando houve equilíbrio entre as captações de companhias abertas (50,3%) e fechadas (49,7%).