Conteúdo editorial apoiado por

É preciso entender melhor atuação de fundos de hedge nos Treasuries, diz dirigente do Fed

O alerta engrossa coro de agentes do setor financeiro que tem chamado atenção para os riscos referentes a esses agentes

Estadão Conteúdo

Prédio do Tesouro dos EUA em Washington (Samuel Corum/Bloomberg)
Prédio do Tesouro dos EUA em Washington (Samuel Corum/Bloomberg)

Publicidade

O vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Michael Barr, alertou nesta quinta-feira (16) para a necessidade de reguladores de buscar maneiras para entender melhor o impacto das atividades de fundos de hedge no mercado de títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries). O dirigente discursou em conferência organizada pelo Fed de Nova York.

Barr explicou que esses fundos investem pesadamente em títulos públicos, derivativos e nos negócios de recompra (repo).

“Além disso, a liquidação de posições alavancadas em títulos do Tesouro por fundos de hedge parece ter contribuído para a tensão no mercado de Treasuries em março de 2020”, lembrou ele, que garantiu que o Fed e pares trabalham pela resiliência do setor.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

O alerta inclui Barr no crescente coro de agentes do setor financeiro que tem chamado atenção para os riscos referentes a essas instituições.

Em setembro, o Banco de Compensações Internacionais (BIS) estimou que fundos de hedge dispõem de US$ 600 bilhões em posições vendidas no mercado de Treasuries, ou seja, o volume de apostas contra o ativo.

A liquidação desses contratos pode gerar turbulências nos negócios da renda fixa, segundo o BIS.

Continua depois da publicidade

No discurso, Barr também comentou que as tensões bancárias verificadas em março mostraram a importância de bancos em administrarem riscos relativos a juros. “Eu diria que anos de taxas de juro muito baixas levaram à complacência em algumas instituições financeiras quanto ao grau em que os bancos precisavam gerir o risco de taxa de juro”, avaliou.