Dólar em queda deixa caminho mais fácil para conseguir green card nos EUA investindo

Morar nos EUA sempre foi o sonho de muitos brasileiros e o dólar em queda pode deixar uma boa oportunidade

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Morar nos EUA é o desejo de muitos brasileiros. Seja pela segurança, pelas grandes metrópoles do país ou ainda pela vontade de viver o sonho americano. Uma das maneiras que têm sido procuradas por quem quer morar definitivamente no país é o EB-5, visto para investidores no país concedido para quem aplicar a quantia de US$ 500 mil. A quantia, salgada, assusta muitos investidores, mas agora, com uma nova retomada na queda da moeda americana, o programa de vistos volta a interessas muitos brasileiros.

O IMG (InterManagement Group) é uma consultoria de negócios brasileira que conta com escritórios em São Paulo e em Fort Lauderdale na Flórida e atua em diversas áreas, entre elas o EB-5. Fernando Mello, sócio diretor da companhia, explica que a principal atuação da consultoria é em ajudar pessoas a fazerem negócios e investirem nos EUA.

“Nós queremos que as pessoas façam bons negócios e o brasileiro tem um mundo de oportunidades nos EUA”, comenta o executivo. Assim, a ideia não é fazer, necessariamente, um investimento através do EB-5 apenas para garantir o green card nos EUA, mas sim fazer uma boa alocação do dinheiro e realizar bons negócios.

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A forma mais conhecida e utilizada para se participar do EB-5 é por meio dos centros regionais, que agregam diversos investidores e investem em algum negócio que gere empregos locais e assim faça com que os investidores consigam primeiro um visto provisório e, após isso, um visto permenente para os EUA.

Fernando explica, no entanto, que outro foco de atuação que muitas vezes é esquecido por investidores é o investimento direto, sem intermédio de um centro regional. “O investidor pode, por exemplo, querer levar sua empresa para os EUA. Se quiser apenas fazer negócios lá, vamos ajudá-lo. Mas se ele também quiser um visto para morar lá, podemos unir as duas coisas em um trabalho conjunto”, relata. O executivo acredita que com a maior turbulência na economia brasileira nos últimos tempos, muitos brasileiros estão se animando para fazer negócios em outros países e a queda do dólar é mais um patamar que ajuda.

No entanto, se o investidor não quer empreender nos EUA, mas apenas garantir seu visto na terra do Tio Sam, a IMG também atua selecionando os melhores investimentos indiretos para fazer parte do programa. Um dos investimentos elogiados pelo executivo consiste na construção de escolas públicas nos EUA e já teve a participação de 700 investidores pelo programa de vistos.

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Atualmente, o EB-5 é um programa que conta, majoritariamente com a aderência da população chinesa, enquanto os brasileiros contam com uma parcela muito pequena do total de investidores. Em 2015, por exemplo, foram 34 brasileiros que receberam o visto de negócios nos EUA, contra 8.156 chineses. “Acreditamos que é possível, no mínimo, triplicar o número de brasileiros que aderem ao EB-5”, estima Fernando.

Entre as principais barreiras para o investidor brasileiro, além do câmbio e do valor necessário para investir, Fernando destaca a dificuldade de muitas pessoas de se adaptar ao sistema de investimento americano. “É preciso respeitar muito bem as burocracias e não pegar nenhum atalho duvidoso. Para tirar conseguir o green card pelo EB-5 é preciso ter uma boa assessoria e não fazer nada com ‘jeitinho’”, assegura.