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No passado, ter uma conta bancária nos Estados Unidos e investir diretamente em ativos do mercado de capitais da maior economia do mundo era um privilégio para poucos e envolvia muita burocracia. Nos últimos anos, graças aos avanços tecnológicos e regulatórios, essa oportunidade está disponível a praticamente todos os brasileiros. E ela proporciona importantes benefícios, como a diversificação e internacionalização de investimentos, a exposição menor à volatilidade do real e do mercado de capitais brasileiro e, para quem viaja, um custo menor em compras e saques em outros países.
Uma das principais responsáveis por ampliar o acesso a esses benefícios é a fintech Nomad. Lançada em novembro de 2020, a empresa já abriu contas nos Estados Unidos para mais de um milhão de brasileiros e vem crescendo em ritmo acelerado. No último ano, multiplicou quatro vezes de tamanho.
Integrando várias instituições, a empresa criou um aplicativo que permite abrir uma conta bancária e uma conta em uma corretora de valores nos Estados Unidos em poucos minutos, de forma simples e gratuita. O sistema também permite enviar reais por PIX e ter o saldo convertido em dólares na hora para usar em compras ou saques em mais de 180 países ou para investir a partir de US$ 1 no mercado de capitais norte-americano.
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A fintech tem entre os fundadores nomes que já tinham feito história no mundo de startups como iFood, Viva Real, Zap Imóveis e Comprova. Em menos de três anos, já levantou US$ 120 milhões em investimentos de gestoras de venture capital como a brasileira Monashees e a americana Tiger Global.
O CEO da Nomad, Lucas Vargas, conta que a volatilidade do real e do mercado de capitais brasileiro representa uma das principais motivações dos brasileiros para querer abrir conta nos Estados Unidos e diversificar seus investimentos. “No longo prazo, a volatilidade potencialmente destrói o patrimônio financeiro líquido das pessoas”, ele afirma.
10% de economia em taxas e impostos
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Ter conta nos Estados Unidos é vantajoso também para quem viaja e faz compras no exterior. Um dos motivos é a menor incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em comparação com as compras feitas com cartão de crédito brasileiro. As transferências pelo aplicativo da Nomad pagam 1,1% de IOF, nos depósitos na conta bancária, ou 0,38%, se o destino for a conta de investimento. Compras internacionais com cartões brasileiros pagam hoje 5,38% de IOF.
A diferença real, diz Vargas, é ainda maior, considerando todas as taxas que os bancos e as bandeiras de cartão cobram dos clientes, incluindo a de câmbio. “Somando tudo, a nossa solução proporciona uma economia de cerca de 10% em comparação com os preços praticados pelos grandes bancos”, ele afirma.
A Nomad não cobra taxas além da taxa de câmbio, que chega a 1%. Não há cobranças para abertura ou manutenção de contas, corretagem em negociações de ativos ou transações com o cartão de débito da conta, que pode ser usado em mais de 180 países, inclusive o Brasil. A fintech também não cobra tarifas nos dois primeiros saques do mês em caixas eletrônicos, que são gratuitos na rede Allpoint e podem estar sujeitos a pequenas taxas em outras redes, informadas no próprio ATM.
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Além das vantagens financeiras, a principal razão do sucesso da Nomad é a qualidade do serviço, que integra diferentes instituições e parceiros, como órgãos reguladores, banco, corretora de valores e agência de câmbio, e é oferecido aos clientes na forma de um aplicativo muito fácil de usar.
Para 90% dos usuários, diz o CEO da fintech, a jornada de baixar o aplicativo, enviar a documentação, registrar a biometria e concluir todas as etapas burocráticas para a abertura das contas bancária e de investimentos leva em torno de 15 minutos. A aprovação também acontece em minutos.
Em seguida, o cliente recebe um cartão de débito virtual, que pode ser conectado à carteira digital do celular e utilizado imediatamente. Se optar por ter também o cartão físico, ele é enviado para o seu endereço em poucos dias.
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Compra e venda de ativos em 2 cliques
A transferência de recursos do Brasil para as contas nos Estados Unidos é feita por PIX. Os reais são convertidos em dólares e depositados nas contas escolhidas (bancária ou de investimento), podendo ser utilizados imediatamente. As compras e vendas de ativos também envolvem operações simples e intuitivas. “Em dois cliques, você realiza a transação”, ressalta o CEO da Nomad.
A fluidez do aplicativo reflete a experiência dos sócios da fintech no segmento de tecnologia. Fazem parte desse time Patrick Sigrist e Gabriel Pinto, fundadores do iFood; Marcos Nader, que criou o Comprova e atuou também na DocuSign, e o próprio Vargas, que foi CEO dos sites imobiliários Viva Real e Zap Imóveis. O outro sócio, Eduardo Haber, tem uma carreira de destaque no setor de investimentos.
Outro fator importante é a segurança. O CEO da Nomad explica que a legislação dos Estados Unidos possui um sistema de seguro similar ao do Fundo Garantidor de Crédito brasileiro, o FDIC, que garante depósitos de até US$ 250 mil em cada uma das contas. Além disso, os recursos investidos na corretora contam com um seguro de US$ 500 mil.
Vargas cita ainda, entre os diferenciais da Nomad, o atendimento ao cliente, oferecido em português, 24 horas por dia, nos sete dias da semana, e as parcerias estabelecidas pela empresa com locadoras de veículos, seguradoras e outros serviços, que proporcionam vantagens para os seus clientes. “Hoje, ninguém oferece seguro de viagem para brasileiro mais barato que a gente”, exemplifica Vargas. A Nomad também mantém uma sala VIP no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, exclusiva para os seus clientes.
