CPI aprova pedido de quebra de sigilo bancário de Binance, Mercado Bitcoin e outras corretoras cripto

Deputados buscam alimentar investigações sobre transações suspeitas de ativos digitais

Paulo Alves

Deputado Ricardo Silva, do PSD de São Paulo (Câmara dos Deputados)
Deputado Ricardo Silva, do PSD de São Paulo (Câmara dos Deputados)

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga pirâmides financeiras aprovou nesta terça-feira (26) um pedido de quebra do sigilo bancário e fiscal de empresas que atuam no ramo de intermediação de negociação de criptomoedas.

Entre elas estão as exchanges Binance e Mercado Bitcoin, assim como Foxbit, NovaDAX, Ripio, Bitso e BitcoinTrade. Também estão na lista as companhias responsáveis pelas plataformas Bitcointoyou, Coinext e Digitra.

Em nota, a NovaDAX disse que se colocou à disposição das autoridades para colaborar no que for necessário. Já a Foxbit falou que recebeu a solicitação da CPI e entende a importância de seu trabalho no cenário atual.

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A Binance é a campeã de pedidos, com quatro empresas supostamente ligadas à corretora no alvo dos parlamentares: Binance Holding UY S.A, Binance Capital Management CO, Binance Capital Management CO e Wellington Participações LTDA.

Segundo o autor do pedido, deputado Ricardo Silva (PSD/SP), o objetivo é tratar todas as empresas do setor de maneira igualitária, dado que recentemente a Comissão pediu a quebra de sigilo bancário, fiscal e de dados de diversas parceiras atuais e antigas da Binance.

“Quebra de sigilo não é acusação prévia, é apenas [para] entendimento de como estão sendo realizadas as transações. Tivemos acesso a todas as documentações da Binance e estamos apurando, mas precisamos também entender das demais, para que o relatório final seja ponderado”, explicou o deputado durante reunião da CPI realizada na tarde desta terça.

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Caso Rental Coins

Além das exchanges de criptomoedas, a CPI aprovou requerimentos que pediam a quebra de sigilo de diversos indivíduos e negócios acusados de ligação com esquemas fraudulentos. Entre elas está a Interag, startup curitibana que faz parte do grupo empresarial de Francisley Valdevino da Silva.

Da Silva ganhou notoriedade ao ser acusado de chefiar uma pirâmide financeira que, segundo investigação da Política Federal, teria movimentado R$ 4 bilhões. Ele ficou conhecido como o “Sheik do Bitcoin“.

Paulo Alves

Editor de Criptomoedas