Muita gente, ao dar seus primeiros passos no mercado de ações, acaba se defrontando com diversos termos, que podem parecer complicados para quem não está ainda familiarizado. Dois dos mais utilizados, principalmente em função do número de novas ofertas de ações na B3, são mercado primário e mercado secundário.
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A diferença básica entre os dois é muito simples: uma operação no mercado primário implica no lançamento de novas ações no mercado. Ou seja, a empresa obtém novos recursos, aumentando o número de ações que possui no mercado.
Já uma operação de mercado secundário não envolve o lançamento de novas ações, mas simplesmente a venda de ações que estão nas mãos de um acionista para outro.
Primário versus secundário
Em todas as vezes que uma empresa emite novas ações na Bolsa, ela está acessando o mercado primário. Os recursos, que são obtidos pela venda destes papéis aos investidores, podem ser utilizados de várias maneiras: novos investimentos, aquisições, pagamentos de dívidas e outros. Quem recebe os recursos, portanto, é a empresa.
Já uma operação no mercado secundário não traz novos recursos à empresa, já que não implica no lançamento de novas ações. O que ocorre simplesmente é uma transferência, pois os recursos do novo investidor são transferidos a um outro acionista, de forma que a empresa não recebe recursos.
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É por este motivo que muitos investidores acreditam que uma oferta primária é mais favorável à empresa, já que pode melhorar suas perspectivas, conseqüentemente podendo afetar o preço de suas ações.
Mercados se complementam
O que acontece quando o investidor que comprou novas ações emitidas pela empresa vende os papéis para outro investidor?
Neste caso, estamos falando de uma operação de mercado secundário, já que, obviamente, os recursos não vão para a empresa. Deste modo, à exceção das transações realizadas através da emissão de novas ações, todas as operações realizadas na Bolsa se referem ao mercado secundário.
Portanto, quando se fala de mercado secundário, a referência não é somente transações de lançamento de ações: qualquer compra ou venda que ocorre no dia-a-dia da Bolsa entre dois investidores é uma transação de mercado secundário. É função do mercado secundário dar liquidez aos papéis.
E ele não existe somente na Bolsa: existem diversos exemplos de mercados secundários para outros segmentos, como renda fixa, por exemplo. O mais conhecido no Brasil é o open market, em que são transacionados títulos públicos federais.
Novas ofertas
A distinção entre mercado primário e secundário é fundamental na hora de analisar uma nova oferta de ações: ela pode ser primária, secundária, ou, como ocorre na maioria dos casos, combinar uma parcela primária com outra secundária.
Ao contrário do que muita gente pensa, poucas são as ofertas exclusivamente primárias, nas quais todas as ações disponibilizadas ao mercado são novos papéis, que aumentam o capital da empresa. Na maioria das vezes, uma parcela é de novas ações, mas outra parte se refere à venda de acionistas que querem reduzir sua participação na empresa.
Neste caso, somente a parcela referente à oferta primária é direcionada à empresa, com o restante indo para os acionistas vendedores.
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