Por mais experiente e informado que um investidor seja, não é possível ter completa certeza de que um ativo de renda variável irá se valorizar antes de comprá-lo. Como tudo na vida, o sucesso e o fracasso andam lado a lado no mercado financeiro e, para perseverar, é preciso tomar riscos.
Newsletter
Liga de FIIs
Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
“Na bolsa, você precisa ser defensivo e agressivo ao mesmo tempo. Se você não for agressivo, não vai ganhar dinheiro e, se não for defensivo, não vai ficar com o dinheiro.” É uma das frases de Ray Dalio, investidor bilionário norte-americano e chefe do maior hedge fund do mundo, o Bridgewater Associates, que simboliza essa dicotomia.
O próprio modelo de investimento desenvolvido por Dalio e aplicado no Bridgewater corrobora o processo. Por lá, existem produtos categorizados como alfa, que buscam rentabilidade mais alta e têm gestão ativa; e beta, que são mais defensivos e tendem a compor uma carteira mais passiva.
Ou seja, o investidor precisa sempre buscar um equilíbrio entre o risco que está disposto a correr e, consequentemente, quanto espera ganhar (ou aceita perder). É claro que esse limite é pessoal e costuma mudar conforme vários fatores –como experiência, liquidez, confiança– mas há conceitos básicos que não mudam nunca.
“Profissionais também perdem dinheiro na bolsa, a diferença é que possuem gerenciamento de risco”, diz Wilson Neto, analista de investimentos da Clear e criador do curso O Desafio dos 5%, que ensina um método para obter renda extra todos os dias no mercado financeiro. Inscreva-se.
“Hoje, muita gente fala que é fácil operar no mercado de capitais, mas fazem isso sem ao menos ter um plano de voo. O grande desafio para o investidor é fazer na prática o que se propôs a fazer na teoria. É preciso saber ganhar e saber perder. Se dá bem na bolsa quem sabe fechar a operação quando está ganhando ou sair de um ativo enquanto está perdendo pouco.”
Nessa linha, há mecanismos simples que podem ajudar a garantir ganhos e minimizar perdas no dia-a-dia do mercado, e tudo começa com dois ‘stops’: loss e gain. Confira:
Stop Loss
Em uma tradução literal do inglês para o português, stop loss significa “parar as perdas”. No mercado financeiro, é o nome dado a um instrumento básico, porém muito importante, que traders utilizam para controlar a perda de capital após a realização de um dado investimento.
Mas como isso é feito? O próprio investidor deve programar uma ordem de venda que será cumprida automaticamente caso o valor do ativo em questão atinja o preço estipulado. Isso impede que, em momentos de volatilidade, você perca mais dinheiro do que estava prevendo ou que se sente confortável em perder.
Exemplo: Luiza comprou 100 ações da Petrobras por R$ 28, totalizando uma ordem de R$ 2,8 mil. A partir disso, ela precisa estabelecer quanto está disposta a perder caso os papéis da estatal passem a desvalorizar. Se este valor for, por exemplo, de 5% do total investido, a ordem de venda terá que ser de R$ 26,60 por ação.
No dia 22 de fevereiro de 2021, quando foram veiculadas notícias que apontavam para uma troca de presidente na Petrobras, o mercado reagiu negativamente e as ações da companhia, ordinárias e preferenciais, caíram 20% em apenas um pregão. Ou seja, os investidores que estabeleceram uma ordem de stop loss no ativo se protegeram do seu derretimento.
Stop Gain
Segue o mesmo princípio do stop loss, mas com efeito inverso. Na tradução, temos algo como “parar os ganhos”. Aqui, o investidor deve programar uma ordem de venda que será disparada automaticamente caso o valor de determinado ativo alcance uma valorização previamente estabelecida.
Exemplo: Mariana comprou 100 ações da Vale por R$ 113, totalizando uma ordem de R$ 11,3 mil. Tendo este valor como base, a investidora precisa determinar, de forma realista, quanto pretende ganhar com aquela operação. Se este valor for 2% do total investido, a ordem de venda terá que ser de R$ 115,26 por ação.
É claro que, à primeira vista, parece contraproducente limitar os ganhos de uma operação. Ao mesmo tempo, o mecanismo serve para impedir que o investidor deixe de realizar lucros caso um ativo pare de se valorizar. No caso da Vale, isso pode ocorrer com a queda nos preços do minério de ferro, por exemplo.
Riscos
Os valores inseridos nos exemplos citados acima são arbitrários e devem servir apenas de referência. Na prática, cada investidor precisa testar e entender seus limites para poder conseguir realizar este trabalho de forma contínua. E, além da decisão financeira, também há referências técnicas que podem ajudar.
Um investidor experiente e suscetível a riscos, que opera no mercado futuro de câmbio, por exemplo, também sabe analisar algumas pistas deixadas nos gráficos dos ativos para entender quais são as decisões mais adequadas para cada momento, surfando na alta e também na baixa.
E é justamente isso que Wilson Neto, analista de investimentos da Clear, ensina no curso “O Desafio dos 5%”, que, em quatro aulas online e gratuitas, ajuda investidores a traçar um plano de voo para conseguir uma renda extra diária operando o mercado financeiro. Inscreva-se.