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SÃO PAULO – A Citi Corretora reiterou a recomendação de compra das ações da Cemig (CMIG4) após a realização do “Dia do Investidor”, em que a companhia informou o guidance do ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2017-2021 e discutiu desinvestimentos, administração da dívida, economias de custos e oportunidades de crescimento.
O preço-alvo foi estimado em R$ 12, valor 57% acima do fechamento de sexta-feira (2). “O guidance parece mais pessimista para geração, com maiores esperanças de recuperação para suas distribuidoras. Nossas estimativas estão dentro do range do guidance para 2017 (R$ 4 bi-R$ 4,5 bi) e 2020/21, mas estamos 9% e 13% acima do ponto médio do guidance para as estimativas de 2018 e 2019, respectivamente”, afirma a corretora.
O ebitda do braço de geração para 2019 está 30% abaixo das estimativas da Citi enquanto a distribuição está 35% acima das expectativas. No encontro com investidores, a administração da Cemig destacou que considera as atuais economias de custos e redução dos níveis de inadimplência nas distribuidoras. Desinvestimentos não são considerados nas estimativas da Cemig.
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A administração destacou sua intenção de vender ativos que valem de R$ 3 bilhões a 3,5 bilhões no curto-prazo. O principal objetivo é levar a Cemig para níveis de alavancagem mais confortáveis. A administração revelou a intenção de vender ativos que poderiam somar mais de R$ 4 bilhões.
Além disso, a Cemig mira rolar dívidas com vencimento em 2017-18 para além de 2020. A administração destacou que a dívida continuou estável na comparação anual no primeiro trimestre e deve cair com os desinvestimentos, economia de custos, menores despesas financeiras e outras iniciativas, alcançando 2x dívida liquida/ebitda em 2021.
A administração da empresa estima que cada corte de 1 ponto percentual na taxa de juros leva a redução de R$ 125 milhões por ano em despesas financeiras.
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“O guidance parece misto, com um cenário conservador para geração e ousado para distribuição. O desafio do Cemig continua sendo o programa de desinvestimento”, avalia a Citi.