Citi eleva recomendação de duas ações por “oportunidade para o fim do ano”

Um corte de produção de celulose inesperado para o segundo semestre mudou o risco e o rebalanceamento do setor para o lado positivo

Weruska Goeking

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 SÃO PAULO – A equipe de análise da Citi Corretora elevou a recomendação das ações da Fibria e da Suzano de neutra para compra diante da avaliação de que os fundamentos da celulose proporcionam “uma oportunidade tática para o fim deste ano”.

Segundo a Citi, um corte de produção inesperado para o segundo semestre mudou o risco e o rebalanceamento do setor para o lado positivo.

“Os preços da celulose ficarão mais fortes por mais tempo, o que dará impulso nos lucros e atrasará nossa tese anterior de um ciclo de baixa dos preços”, afirmam os analistas da Citi.

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A expectativa para as ADRs da Fibria foi elevada de US$ 11,50 para US$ 13,50, alta de 18% em relação à sexta-feira (11). Para a Suzano (SUZB5), o preço-alvo das ações em 12 meses aumentou de R$ 16 para R$ 19,60, valor 20% acima do último fechamento.

Com 100% do fluxo de caixa ligado à celulose, a Fibria está bem posicionada para se beneficiar de preços de celulose mais fortes, o que deve aumentar o fluxo de caixa livre mais rápido e acelerar a desalavancagem, segundo a Citi.

A expectativa dos analistas é de que a empresa apresente ebitda de R$ 5,6 milhões em 2018, alta 14% na comparação anual, e rendimento de fluxo de caixa livre de 7%.

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Para a Suzano, a combinação de melhores fundamentos no curto prazo da celulose e as “iniciativas ativas de auto-ajuda” da empresa, devem sustentar ebitda de R$ 4,45 bilhões e um rendimento de fluxo de caixa livre de 12%, o que acelerará o ritmo de desalavancagem da companhia, avalia a Citi.

A probabilidade de aumento de preços da celulose em setembro aumentou. Os preços podem rapidamente se aproximar de US$ 900/t na Europa ante os US$ 880/t atuais, colocando um potencial de valorização nas previsões da Citi.

“Esperamos negociações mais fáceis de preços, dado que o fornecimento menor no curto prazo, com cerca de 600 mil toneladas de redução de produção no segundo semestre, e taxa de câmbio mais fortes para o consumidor em euros, facilitando a aceitação do preço em dólar”, avalia a Citi.

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O principal risco para a recomendação e expectativas da corretora é uma inflexão mais rápida dos preços da celulose devido ao excesso de oferta e uma taxa de câmbio desfavorável, com maior apreciação do real frente ao dólar e por fim, piora das exportações em detrimento da melhora dos fundamentos locais.