Bolívia desafia tolerância brasileira com nova proposta de reajuste no preço do gás

Custo de importação seria mais que dobrado; auto-suficiência do Brasil em gás é julgada "loucura" por ministro de Hidrocarbonetos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Se os termos anteriores do reajuste do preço do gás proposto pela Bolívia eram vistos como exagerados pelas autoridades brasileiras, os termos atuais exigirão uma caracterização ainda mais contundente.

Em vez dos cerca de US$ 5 por milhão de BTU (British Thermal Unit), os bolivianos agora falam em US$ 7,5. Atualmente, o Brasil paga pouco mais US$ 3 por milhão de BTU importado do país vizinho.

De acordo com o ministro boliviano de Hidrocarbonetos Andrés Soliz Rada, o novo patamar sugerido tem como base o preço de substitutos usados no Brasil e os US$ 7 por milhão de BTU que o Chile concordou em pagar pela importação de GN da Indonésia.

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Brasil auto-suficiente em gás?

Soliz Rada classificou como “loucura” a idéia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de um Brasil auto-suficiente em gás natural até 2008. Segundo o ministro da Bolívia, a dependência brasileira em relação ao gás de seu país tende a crescer, não diminuir.

Negociações paralisadas

As comissões de trabalho conjunto entre Brasil e Bolívia, criadas com o intuito de encontrar um consenso para o reajuste do GN importado, pouco fizeram até o momento. A distância entre os interesses de cada um dos países vem comprometendo qualquer forma avanço.

Conforme admite Andrés Soliz Rada, o patamar de US$ 7,5 milhão por BTU recém-proposto pode dificultar ainda mais as coisas.