B3 passa a permitir aluguel de cotas de ETFs de renda fixa a partir de hoje

Objetivo é ampliar e facilitar a realização de estratégias por parte dos investidores, aumentando a liquidez dos ativos

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)
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SÃO PAULO – A B3 (B3SA3) começou a oferecer nesta segunda-feira (22) o serviço de empréstimo de cotas de fundos de índice (ETFs) de renda fixa.

Segundo a Bolsa, o objetivo é ampliar e facilitar a realização de estratégias por parte dos investidores, incentivar a negociação do produto e, consequentemente, dar maior liquidez para o mercado secundário.

Assim como acontece para qualquer outro ativo disponível na B3, a dinâmica do empréstimo conta com o intermédio de uma corretora e dois investidores: o que está interessado em emprestar o produto (doador) e o que está interessado em alugar esse ativo (tomador).

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Durante a vigência do contrato, a B3 transfere temporariamente os ativos do investidor doador para o tomador, que deverá pagar ao doador uma remuneração previamente acordada, segundo o prazo contratado.

“Com esse lançamento queremos desenvolver o mercado de ETF de renda fixa e ampliar o número de estratégias com o produto. A entrada do empréstimo de cotas irá contribuir com o potencial de crescimento do produto, possibilitando estratégias de venda, hedge e arbitragem, além de auxiliar os Formadores de Mercado a proverem liquidez”, afirma Marcos Skistymas, superintendente de produtos de juros, moedas e equities da B3, em nota.

ETFs de renda fixa na Bolsa

Ganhando cada vez mais espaço no mercado, os ETFs de renda fixa replicam o desempenho de índices que acompanham títulos públicos e privados prefixados ou atrelados à inflação. O primeiro produto foi lançado na Bolsa brasileira em 2018.

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Ao todo, há hoje sete ETFs de renda fixa negociados na B3, sendo cinco deles atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É o caso do “B5P211“, lançado no ano passado, que acompanha a evolução da carteira de papéis com prazos de até cinco anos. A taxa de administração é de 0,20% ao ano.

Há ainda dois ETFs que acompanham a evolução da carteira de títulos indexados à inflação com prazo igual ou superior a cinco anos (“IB5M11” e “B5MB11”), além de outros dois que replicam o IMA-B geral (“IMAB11” e “IMBB11”) – formado por todos os títulos que compõem a dívida pública. As taxas de administração variam de 0,20% a 0,25% a.a.

Segundo dados da B3, o patrimônio líquido sob gestão desses ETFs cresceu 10% no último ano, chegando a aproximadamente R$ 4,7 bilhões, com um volume médio diário de negócios de R$ 8 milhões.

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Dentre as iniciativas da Bolsa para ampliar o alcance do produto estão o lançamento do programa de incentivo à emissão de ETFs de Renda Fixa; a atuação de Formador de Mercado em todos os ETFs e, desde junho de 2020, a aceitação de cotas de ETF de Renda Fixa como garantia.

Uma das vantagens do produto é oferecer aos investidores uma maior diversificação para suas carteiras, dado que por meio da compra de uma única cota o investidor consegue ter acesso a diversos ativos do índice de referência (benchmark).

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