B3 anuncia mudanças na metodologia do índice de BDRs, com exigência de maior liquidez

Parâmetro de inclusão no índice será ampliado de 30% para 60% de presença nos pregões; BDRs de ETF não poderão compor BDRX

Lucas Bombana

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SÃO PAULO – A B3 informou nesta sexta-feira que, a partir do dia 3 de maio, entrará em vigor uma nova metodologia de elaboração da carteira teórica de ativos que compõe o Índice de BDRs Não Patrocinados – Global (BDRX), indicador do desempenho médio das cotações dos BDRs Não Patrocinados autorizados à negociação na B3.

Em setembro de 2020, foi introduzido ao benchmark um critério mínimo de 30% de presença nos pregões para inclusão dos ativos. “Buscando acompanhar o desenvolvimento do mercado de BDRs, o parâmetro de inclusão será ampliado para 60%”, informa o documento divulgado pela B3.

Para serem selecionados para o índice, portanto, os ativos precisam ter presença em pregão maior ou igual a 60% no período de vigência das três carteiras anteriores, e não estarem classificados como “Penny Stock”, ou seja, cotados abaixo de R$ 1,00.

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Para ser considerado para o benchmark, também é preciso que o BDR tenha formador de mercado contratado (um banco que atua como contraparte nas negociações para fornecer liquidez ao ativo).

A ponderação do tamanho dos BDRs no índice se dá pelo seu valor de mercado em reais, com a exposição máxima individual limitada a 20%. Os BDRs da Apple, da Microsoft e da Amazon são os três com maior participação na atual composição do índice, com fatias de 8,5%, 7,3% e 6,4%, respectivamente.

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Além disso, devido à listagem recente de BDRs lastreados em cotas de ETFs, a metodologia do índice será ajustada a fim de incluir no BDRX apenas BDRs Não Patrocinados de Valores Mobiliários (ações ou assemelhados e Depositary Receipts). Segundo a B3, as prévias referentes à carteira de maio de 2021 do BDRX já serão apuradas com base na nova metodologia.

Após a valorização de 54% em 2020, o BDRX acumula ganhos de 11,9% em 2021, até 25 de março, segundo dados da Economatica.