Após acordo com justiça dos EUA, dono da TelexFree pode ficar até 10 anos preso

James Merrill teve vários bens confiscados, incluindo carros de luxo e um iate

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – James Merrill, fundador e responsável pela rede de marketing multinível apontada pelo Ministério da Fazenda como pirâmide financeira TelexFree, se declarou culpado em acusações criminais de fraude por esquemas comandados na companhia, segundo informações do The Wall Street Journal.

Ele se declarou culpado em nove acusações em um acordo que limitará sua sentença a, no máximo, dez anos de prisão, de acordo com uma porta-voz do escritório da procuradoria dos EUA em Boston. De acordo com dados da corte, ele poderia ser condenado a até 20 anos de prisão antes desse acordo.

O acordo também confiscará dezenas de milhões de dólares em bens do executivo, todos fruto coletados com o esquema de pirâmide, incluindo dinheiro em caixa, propriedades imobiliárias, carros de luxo e um iate.

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Ainda como parte do acordo, uma acusação de lavagem de dinheiro será retirada pela promotoria e um pré-julgamento que estava marcado para a próxima segunda-feira (31) foi cancelado, aponta a reportagem do The Wall Street Journal.

Um juiz americano já havia acusado a TelexFree de ser um esquema de pirâmide financeira no passado, ao se aproveitar de uma rede global de investidores, chamados de “promotores”, para recrutar novos investidores e garantir dinheiro para aqueles no topo, como Merrill. A fraude chegou a lesar mais de um milhão de pessoas nos EUA.

O outro dono da companhia, Carlos Wanzeler, também foi indiciado em acusações de fraude nos EUA, mas fugiu para o Brasil, onde permanece foragido. As acusações sobre ambos incluem a transferência de cerca de US$ 10 milhões em fundos da TelexFree para as contas pessoais de ambos.