6 em cada 10 brasileiros colocam dinheiro na poupança – e o motivo para isso não faz sentido

Em média,o valor poupado foi de R$ 498,81. Há títulos do Tesouro Direto com aporte mínimo de menos de R$ 50

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Apesar dos sinais mais claros de retomada da economia, terminar o mês com sobras de dinheiro ainda tem sido tarefa difícil para o consumidor. A parcela de brasileiros que conseguiu guardar dinheiro caiu de 18% em janeiro para 16% em fevereiro, segundo levantamento do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). É o percentual mais baixo da série histórica, que tem início em dezembro de 2016. 

Em média,o valor poupado foi de R$ 498,81. Tradicionalmente, a poupança segue como o destino mais popular do dinheiro dos brasileiros: 60% depositam seus recursos na caderneta. Outro destino frequente é a conta corrente, com 16% de citações. O  levantamento detectou também que em cada 10 poupadores, dois deixam o dinheiro guardado em casa, opção que oferece riscos – além de não render juros, não é segura para o poupador.

Esses poupadores que mantêm o dinheiro em casa, na conta corrente ou mesmo na poupança afirmam que a principal razão para essa escolha foi o fato de não ter dinheiro suficiente para investir em outra modalidade – motivo citado por 24% deles. Outra razão foi a preferência por ter o dinheiro disponível em lugar fácil de retirar (23%). A falta de conhecimento também foi destacada por 19%, seguida pelo costume em guardar nas modalidades tradicionais (15%).

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Para os especialistas do SPC Brasil, a preferência majoritária pela poupança ou por guardar dinheiro em casa comprova que, mesmo entre aqueles que possuem reserva financeira, não há muita familiaridade com aplicações mais rentáveis e adequadas para os objetivos que se tem em mente.

Quem precisa de dinheiro com liquidez diária, ou seja, que possa ser sacado a qualquer momento sem prejuízos, uma opção mais rentável que a poupança é o Tesouro Selic, em que o aporte mínimo é de R$ 94,66 nesta segunda-feira (23), valor muito abaixo dos R$ 498,81, em média, poupados. 

Com uma aplicação única de R$ 100, o Tesouro Selic – investimento super conservador – rende mais que a poupança em 12 meses. Com aportes de R$ 100 mensais, os ganhos do título público também superam a caderneta. Ou seja, os números invalidam as justificativas dos poupadores pesquisados, deixando em evidência a falta de informação sobre investimentos dos brasileiros em geral.

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Veja simulação entre as duas aplicações superconservadoras:
Produto Rendimento líquido de aplicação única de R$ 100 por 12 meses Rendimento aplicação mensal

de R$ 100 por 12 meses

Rendimento aplicação mensal

de R$ 100 por 5 anos**

Poupança R$ 104,30 R$ 1.226,87 R$ 6.746,36
Tesouro Selic R$ 104,88 R$ 1.232,02 R$ 6.889,32

*Rendimento líquido = descontada a inflação do período, eventuais taxas e imposto de renda
**Período contabilizado até março, data de vencimento do Tesouro Selic

Se o poupador puder deixar o dinheiro guardado por mais tempo, sem contar com ele para emergências, a rentabilidade pode ser ainda maior. O Tesouro IPCA+ 2024, por exemplo, exige aplicação mínima de apenas R$ 46,39 e pagam, nesta segunda-feira (23), 4,55%, além da correção pela inflação do período. Os ganhos superam a poupança em todos os períodos de comparações.

Veja simulações:
Produto Rendimento líquido de aplicação única de R$ 100 por 12 meses Rendimento aplicação mensal

de R$ 100 por 12 meses

Rendimento aplicação mensal de R$ 100 por 5 anos
Poupança R$ 104,30 R$ 1.226,87 R$ 6.877,07
Tesouro IPCA+ 2024 R$ 105,96 R$ 1.234,59 R$ 7.166,00
Tesouro Prefixado 2025 R$ 108,73 R$ 1.239,60 R$ 7.290,05

*Rendimento líquido = descontada a inflação do período, eventuais taxas e imposto de renda

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Dos brasileiros que conseguiram investir algum dinheiro em fevereiro, os fundos foram citados por 8%, a previdência privada por 7%. Os CDBs (Certificado de Depósito Bancários) são utilizados por 6% e o Tesouro Direto por 4% dos poupadores. Os que investem em ações na bolsa de valores somam apenas 2% dos consumidores que possuem alguma reserva. 

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