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O grupo francês Vivendi não descarta aumentar sua participação na Telecom Italia, dona da TIM Participações (TIMP3) no Brasil, após se tornar o maior investidor do grupo, com fatia de 14,9%, disse o presidente-executivo da companhia, Arnaud de Puyfontaine, em entrevista publicada nesta quinta-feira.
A Vivendi disse na quarta-feira que elevou sua fatia na Telecom Italia para pouco abaixo de 15%, substituindo a Telefónica como maior acionista e entrando em um país que segundo a empresa tem perspectivas significativas de crescimento.
Questionado se a companhia elevaria sua fatia ainda mais, De Puyfontaine disse ao jornal italiano Corriere della Sera em entrevista publicada na quinta-feira: “o tempo dirá, nunca diga nunca.”
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Puyfontaine também não descartou a venda da TIM Brasil: “somos muito abertos e flexíveis: o importante é tomar uma decisão que traga valor no longo prazo”.
Como maior acionista, a Vivendi poderá agora ter influência caso a Telecom Italia decida vender a TIM, segunda maior operadora de celular brasileira, e em quanto o grupo italiano investirá em banda larga de alta velocidade na Itália, onde o governo quer que a empresa faça mais para atualizar sua antiga infraestrutura.
O presidente do Conselho da Telecom Italia, Giuseppe Recchi, disse na semana passada que sua companhia pretendia ficar no Brasil, que responde por um terço das receitas.
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Questionado se a Vivendi pressionaria para que a Telecom Italia saísse do Brasil, De Puyfontaine disse que estava “aberto e muito flexível”.
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“O importante é tomar uma decisão que crie valor no longo prazo… mas temos que ser pragmáticos”, disse.
Ele lembrou que sua companhia decidiu sair do Brasil, ao vender a operadora de banda larga GVT para a Telefónica no ano passado, para investir na Itália.
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O investimento da Vivendi na Telecom Italia é de longo prazo, declarou. A empresa de telefonia italiana tem “ótimas perspectivas”, especialmente dada a intenção de desenvolver a rede banda larga ultrarrápida, um projeto importante para o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.
(Com Reuters)