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SÃO PAULO – A notícia de que a Telecom Italia quer, no mínimo € 9 bilhões – ou US$ 12 bilhões – para vender seus 67% de participação na TIM (TIMP3) assustou o mercado em um primeiro momento, nesta quarta-feira (9). Mas o valor é justo, aponta um estudo do Credit Suisse.
O valor pedido pela endividada empresa italiana equivale a R$ 4,41 por ação a mais do que a máxima histórica atingida pela companhia nesta quarta – os R$ 11,99. Isso exigiria uma alta de 41,01% nos papéis da TIM, que fecharam o dia cotados a R$ 11,63. A relação de Ev/Ebitda – Valor da Empresa/Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficaria em 7 vezes.
No entanto, apesar de os valores exigidos parecerem altos, o histórico de fusões e aquisições mostram que a Telecom Italia pediu o “justo” – na verdade, considerando dados do Credit Suisse, eles ainda ficaram levemente abaixo da média histórica, com Ev/Ebitda (Valor da Firma sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 7,9 vezes. Para ilustrar, o banco destacou a aquisição da Televisa pela Iusacell, no México, cujo múltiplo apontou para 12 vezes, enquanto no caso da compra da Telefônica pela Vivo no Brasil, ficou em 10,1 vezes.
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Os analistas do Credit Suisse mostraram perspectiva positiva sobre ações da TIM, tendo em vista os direitos de tag-along de 100%, que têm por objetivo proteger investidores minoritário dos efeitos que os papéis podem sofrer com eventual alteração no controle da companhia. Caso a Telecom Italia venda sua participação pela quantia desejada, os minoritários farão jus a receber a mesma quantidade por ação que a controladora.