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(Reuters) – A startup de computadores quânticos SEEQC, com sede em Nova York, desenvolveu um chip digital que pode operar em temperaturas mais frias que as do espaço sideral, disse a empresa nesta quarta-feira.
Os computadores quânticos prometem concluir alguns cálculos milhões de vezes mais rápido do que o supercomputador mais poderoso da atualidade.
Um desafio é que os processadores quânticos com bits quânticos, ou qubits, geralmente precisam ser armazenados em temperaturas muito baixas, próximas de zero Kelvin, ou -273,15 graus Celsius. Por outro lado, os computadores clássicos operam em temperaturas mais moderadas.
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Mas os dois precisam ser emparelhados, pois as informações dos processadores quânticos são medidas em forma de onda e devem ser digitalizadas em uns e zeros para computadores clássicos usados no controle e acesso dos qubits.
Atualmente, os fios conectam o processador quântico na câmara de congelamento a computadores clássicos em temperatura ambiente, mas a mudança de temperatura pode diminuir a velocidade e causar outros problemas. A SEEQC também criou seu computador quântico dessa maneira e agora está tentando modificá-lo com seus novos chips.
O primeiro chip revelado nesta quarta-feira fica diretamente sob o processador quântico, controla os qubits e lê os resultados.
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A tecnologia pode facilitar a construção de computadores quânticos mais poderosos, pois cada câmara criogênica seria capaz de suportar um número maior de qubits, disse John Levy, cofundador e presidente da SEEQC à Reuters. Os computadores quânticos supercondutores de hoje têm centenas de qubits, mas alguns estimam que milhares, ou mesmo um milhão, podem ser necessários para criar um computador quântico que execute algoritmos úteis.
Pelo menos dois outros chips ainda em desenvolvimento ficarão em uma parte um pouco mais quente da câmara criogênica.
A empresa foi fundada em 2018 e levantou um total de 30 milhões de dólares junto a investidores.
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Por Jane Lanhee Lee