Presidente do FGC afirma que liquidação do PanAmericano desestabilizaria todo o setor

Gabriel Jorge Ferreira, presidente da instituição, afirma que resgate foi necessário e que liquidação abalaria bancos médios

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SÃO PAULO – O presidente do conselho de administração do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), Gabriel Jorge Ferreira, afirmou que “uma liquidação ou intervenção tem um efeito perverso na economia”, em entrevista cedida a jornalistas nesta quarta-feira (10), comentando a ajuda de R$ 2,5 bilhões ao Banco PanAmericano (BPNM4).

Ferreira ainda afirmou que no caso de uma liquidação, o banco deixaria de ter receitas para passar a ter apenas despesas, e ainda poderia desestabilizar todo o sistema financeiro, gerando insegurança principalmente em relação aos banco médios. Ademais, no caso de uma liquidação, o fundo teria que cobrir um prejuízo avaliado em R$ 2,2 bilhões. 

Garantias
Ainda segundo o presidente do FGC, as conversas foram realizadas diretamente com o empresário Silvio Santos, tendo este colocado as principais empresas do grupo como garantia direta – o banco, a emissora SBT, além da Jequiti, do Baú da Felicidade e da Liderança.

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No Brasil, todas as instituições financeiras devem necessariamente ser associadas ao FGC, o qual possuí patrimônio líquido de R$ 28 bilhões, equivalente a cerca de 3% do passivo total do setor bancário.

No momento, as ações do Banco PanAmericano continuam a derreter, com desvalorização de 33,97% e ativos negociados a R$ 4,47. O pregão desta quarta-feira já registra 8.213 negociações de ações do banco, enquanto a média diária gira em torno de 700.