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SÃO PAULO – O resultado trimestral da Marfrig (MRFG3), divulgado na segunda-feira (15), desapontou analistas da Ágora Corretora, Votorantim e Itaú BBA, que ressaltaram a queda excessiva nas margens da companhia, pressionada pelo aumento do preço dos insumos utilizados pela companhia.
Assim, Luiz Cesta e Marco Richeri, analistas da Votorantim Corretora, lembram que os grãos e os gados foram significativas no período, além das despesas não recorrentes ligadas a demissões e gastos com consultorias. As matérias-primas, como lembra Marcos Mattos, da Ágora, foram 66,7% do total de custos com produtos vendidos, após crescerem 55,9% em relação ao mesmo período no ano passado.
Melhoria operacional, mas maior dívida
Outro ponto negativo ressaltado pelos analistas é o aumento do endividamento da Marfrig, que passou de 3,6 a relação dívida/ebtida (geração operacional de caixa) para 3,9 dívida/ebtida – endividamento líquido de R$ 6,4 bilhões no final do trimestre.
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Porém, a tentativa de melhor a capacidade operacional, através do fechamento de duas plantas para melhorar capacidade de utilização e custos fixos, é vista como um aspecto positivo por Juliana Rozenbaum e Francine Martins, do Itaú BBA. Além disso, elas também avaliam a melhora no ciclo de conversão de caixa como um ponto bom – já que este deverá fluxo de caixa livre já em 2012.
Recomendações
Os analistas afirmam não possuir, momentaneamente, nenhuma recomendação para a companhia, embora a forte queda de 41,73% nas últimas duas semanas, já precifiquem o fraco resultado da empresa.
Por sua vez, Cesta e Richieri recomendam a compra das ações da empresa – com preço-alvo de R$ 20,90 para janeiro de 2012 – potencial teórico de valorização de 136,43%. Já Mattos recomenda manutenção, com preço-alvo de R$ 19,30 – o que representaria uma alta de 118,33% caso concretizada.