PF indicia 22 pessoas e bloqueia R$ 21 milhões em caso do Panamericano

Caso condenados, os acusados - que incluem diretores do banco - poderão responder a penas de até 31 anos de reclusão

Mariana Mandrote

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SÃO PAULO – A Polícia Federal encerrou na última terça-feira (7) a investigação que apurou os crimes envolvendo o Banco Panamericano (BPNM4). Ao longo do inquérito, que teve início em 26 de dezembro de 2010, foram indiciadas 22 pessoas que, caso condenadas, poderão responder a penas que podem chegar a 31 anos de reclusão.

A pedido da Polícia Federal, a Justiça Federal decretou o bloqueio de mais de R$ 21 milhões em investimentos dos envolvidos. Também estão indisponíveis bens móveis e 29 imóveis pertencentes aos indiciados e três embarcações que estavam em nome de uma empresa foram apreendidas. Caberá à Justiça decidir quanto à alienação antecipada de todos os bens.

Do total de acusados, cinco principais ex-diretores do banco, três ex-funcionários e um ex-presidente do Grupo Silvio Santos foram indiciados pela prática dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, “caixa dois” e crimes financeiros.

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Outros seis ex-diretores do banco e dois executivos do Grupo Silvio Santos, estranhos à diretoria do PanAmericano, foram indiciados pela prática dos crimes de gestão fraudulenta e “caixa dois”, em razão da existência de provas de que teriam sido beneficiados pela subtração de valores da instituição financeira. Cinco pessoas foram identificadas como “laranjas” e também foram indiciadas pelo crime de formação de quadrilha.

Relembre
O inquérito policial, que agora está encerrado e seguiu para o Ministério Público Federal, havia sido instaurado para investigar a existência e a autoria de crimes decorrentes de fraudes contábeis e subtração de valores envolvendo a administração do PanAmericano, entre janeiro de 2008 e novembro de 2010.

As fraudes vieram à público em novembro de 2010, quando o grupo Silvio Santos anunciou que injetaria R$ 2,5 bilhões na instituição financeira. Pouco depois, o banco anunciou que o rombo total em suas contas era maior, de R$ 4,3 bilhões.