Petrobras vende fatia de áreas no pré-sal para francesa Total por US$ 2,2 bilhões

Segundo a estatal, a realização de parcerias estratégicas é uma parte importante do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR3; PETR4) informou na noite desta quarta-feira (21) que assinou com a empresa francesa Total um acordo de colaboração relacionado à Parceria Estratégica estabelecida em outubro deste anoA transação tem o valor total estimado de US$ 2,2 bilhões.

Segundo a estatal, a realização de parcerias estratégicas é uma parte importante do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, pois “contribui para mitigação dos riscos, fortalecimento da governança corporativa, compartilhamento de informações, experiências e tecnologias além de melhoria na financiablilidade da Companhia através da entrada de caixa e desoneração dos investimentos”.

Segundo comunicado, a petroleira francesa terá 22,5% da área de Iara e 35% do campo de Lapa, que entrou em operação ontem. ela terá também 50% de participação nas térmicas Rômulo Almeida e Celso Furtado, na Bahia, que têm capacidade total de 322 megawatts. As duas companhias também se comprometeram a estudar sinergias em áreas exploratórias na margem equatorial brasileira e no sul da Bacia de Santos.

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As empresas já são parceiras em 19 consórcios de exploração e produção no Brasil e no exterior, com projetos como a área de Libra, na camada pré-sal, sendo o primeiro projeto de partilha de produção, e áreas de exploração na Margem Equatorial, na Bacia do Espírito Santo e na Bacia de Pelotas. Além disso, elas são sócias no gasoduto Bolívia-Brasil.

Em comunicado, a Petrobras informou que com o novo acordo, as duas empresas elevam substancialmente o nível de cooperação tecnológica nas áreas de geociências, sistemas submarinos e estudos conjuntos em áreas de mútuo interesse, visando à redução de riscos dos investimentos e aumento da probabilidade de sucesso exploratório nos próximos anos.

A Petrobras ainda informou que a assinatura dos principais contratos de compra e venda referentes aos ativos deste acordo estão sujeitos às aprovações internas e dos órgãos de controle e fiscalizadores externos, incluindo o TCU (Tribunal de Contas da União). As duas empresas se comprometeram a realizar os esforços necessários para a assinatura de todos os contratos em até 60 dias.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.