Publicidade
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras (PETR3;PETR4) não está negociando a venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, disse uma fonte da petroleira à Reuters nesta terça-feira.
Mais cedo, a Bloomberg publicou que a petroleira estatal tem buscado compradores para a refinaria no Texas, que estaria agora avaliada em 200 milhões de dólares, muito abaixo do 1,2 bilhão de dólares pagos pela companhia pelo empreendimento em uma transação em duas etapas concluída em 2012.
Continua depois da publicidade
“Não estamos fechando a venda de Pasadena, não”, disse a fonte na Petrobras, que falou sob a condição de anonimato. “Fique tranquilo que não vamos vender, muito menos por 200 milhões de dólares. Tenho certeza que não vamos vender”, disse.
A reportagem da Bloomberg, que cita fontes com conhecimento do assunto, afirma que Pasadena perdeu valor devido a uma série de passivos ambientais, com a refinaria no alvo de grupos de defesa ambiental, que a acusam de exceder padrões dos EUA para emissões.
Uma segunda fonte da Petrobras disse à Reuters que não há nada definido sobre um eventual venda da refinaria de Pasadena.
Continua depois da publicidade
Procurada, a assessoria de imprensa da Petrobras não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário.
Também nesta terça-feira, a Petrobras disse que ainda não há decisão de sua diretoria ou de seu Conselho de Administração sobre o modelo que será adotado pela companhia para desinvestir de sua fatia na subsidiária de combustíveis BR Distribuidora.
O jornal O Estado de S. Paulo publicou nesta terça-feira que a proposta de realizar um IPO da BR Distribuidora foi apresentada por diretores da Petrobras como uma alternativa à mera venda de participação na empresa.
Continua depois da publicidade
Uma possível negociação de Pasadena ou de uma fatia na BR Distribuidora somariam-se a uma grande lista de desinvestimentos realizados pela Petrobras, que tem apostado na venda de ativos não essenciais para reduzir dívidas.
O Plano Estratégico da Petrobras prevê 21 bilhões de dólares em desinvestimentos no biênio 2017-2018. Em 2015-2016 a estatal realizou 13,6 bilhões de dólares em vendas de ativos.
Continua depois da publicidade
(Por Rodrigo Viga Gaier)