Meirelles diz que resgate ao PanAmericano foi dentro da lei e bem sucedido

Presidente do BC destaca ausência de prejuízo para o governo ou para depositantes na operação de socorro de R$ 2,5 bilhões

Julia Ramos M. Leite

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SÃO PAULO – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (11) que o resgate do Banco PanAmericano (BPNM4) foi realizado dentro das normais legais e destacou mais uma vez que não houve dinheiro público envolvido.

Segundo Meirelles, o aporte de R$ 2,5 bilhões foi um “final feliz” para o episódio. A liquidação do banco, em contrapartida, foi classificada pelo presidente do BC como o último recurso, já que causaria “prejuízos substanciais” às partes envolvidas.

O resgate também não trouxe, de acordo com Meirelles, prejuízo aos depositantes. Isso porque, com a ajuda do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), os depositantes podem sacar os seus recursos da instituição, caso queiram.

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“Tivemos casos importantes no Brasil no passado, como o Proer, onde foram alocados altos valores. Neste caso [PanAmericano], não há o custo de nenhum centavo público para recapitalização e recomposição patrimonial. O controlador, o sócio majoritário, o grupo Silvio Santos, foi convocado pela autoridade monetária e fiscalizadora. E, dentro das normas legais, o BC demandou a recomposição patrimonial do banco”, completou Meirelles, falando nesta quinta-feira à Comissão Mista de Orçamento.