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SÃO PAULO – Depois de isentar a Caixa Econômica Federal no caso do Banco PanAmericano (BPNM4), Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, afirmou que a autoridade monetária não deveria assumir a responsabilidade pelo patrimônio do banco.
Falando na Comissão Mista de Orçamento nesta quinta-feira (11), Meirelles afirmou a parlamentares que o BC não deveria garantir em última instância os números e informações das instituições financeiras. Isso, na visão de Meirelles, é objetivo de outros órgãos.
“Minha experiência diz que o BC não deveria fazer isso porque no momento em que um governo assume a responsabilidade pelo patrimônio de instituições privadas, o governo dá um selo de garantia, abre um passivo contingente e abre risco moral grande”, declarou.”Não há cobertor para todos”.
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Ainda segundo Meirelles, uma garantia implícita do governo poderia levar a irresponsabilidades na administração privada, crescimento geométrico do nível de risco do sistema e, em última instância, uma insolvência do Estado. “O governo assumiria o custo caso existisse prejuízo, mas não assumiria o lucro. É como socializar o prejuízo e o lucro seria capitalizado apenas pelos sócios. Isso não pode e é uma indicação de Basileia”.
Meirelles ressaltou que o BC “cumpriu o seu papel” de supervisão no caso do PanAmericano ao detectar o problema no balanço e, em seguida, “demandando ações do controlador, que cumpriu a exigência”.