SÃO PAULO – A queda recente das ações do Magazine Luiza (MGLU3), que saíram de R$ 36,00 para R$ 33,00 nos últimos dias, está longe de ser preocupante para quem pretende investir no papel. Na verdade, é ótima como oportunidade para compra.
Essa é a avaliação de Rafael Ribeiro, analista técnico da Clear Corretora. Segundo ele, graficamente a ação continua em tendência de alta no longo prazo, mas pela primeira vez em muito tempo fez um movimento que permite compra do papel com menos risco.
“A MGLU3 subiu 69% desde junho sem parar. Esse é o primeiro respiro que vemos com sinais positivos para ficarmos confiantes na entrada”, afirma.
Ribeiro ressalta que os R$ 33,00 atingidos pela ação são um suporte (faixa de preço em que o papel costuma atrair compradores) importante e a ação voltou a subir assim que bateu nesse patamar.
Como o papel tem uma volatilidade muito alta, Ribeiro entende que deveria estar caindo mais que o Ibovespa nesta sexta-feira (23), seguindo a tendência negativa do mercado, mas o desempenho surpreendentemente é melhor que a média da Bolsa.
Além disso, o volume de compras hoje foi bastante forte, indicando interesse do mercado pelo ativo.
O primeiro alvo da ação, segundo o analista da Clear, é R$ 39,00, mas pode subir além disso. Se for atingido, representaria uma valorização de 14,5% sobre o preço da ação às 16h22 (horário de Brasília), de R$ 34,07.
Já o analista da XP Investimentos, Thiago Alvarenga, avalia que o papel dá sinais de correção e se conseguir fechar acima de R$ 35,00 na segunda-feira (26), deixará uma figura gráfica altista conhecida como Morning Star.
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“A ação favorece altas buscando o topo histórico em R$ 38,66, e até mesmo os R$ 46,35 pelas projeções de Fibonacci”, destaca. O alvo de R$ 46,35 significaria uma alta de 36% sobre o valor atual.
Por outro lado, o analista Raphael Figueiredo, da Eleven Financial Research, acredita que o melhor momento para compra talvez ainda não tenha chegado. Figueiredo diz que esperaria os R$ 30,30 para entrar no papel, e seu alvo seria bem mais modesto, em R$ 36,00.
“Não é hora de vender, certamente. Porém, eu não aumentaria a minha posição no papel até atingir essa região mais próxima dos R$ 30,00”, analisa.
Análise técnica
Chamada de análise gráfica por alguns, ela parte do pressuposto de que tudo o que pode ser medido acerca do desempenho futuro de uma ação já está precificado.
Desse modo, os movimentos diários do papel teriam um componente muito maior de percepção psicológica dos investidores sobre se está caro ou barato, subiu demais ou caiu demais, do que de fundamentos.
As operações em análise técnica, então, são guiadas a partir de um estudo do gráfico do preço da ação, verificando quais patamares de preço geralmente atraem vendas (resistências) e quais outros atraem compras (suportes).
Outras ferramentas da análise técnica incluem o Índice de Força Relativa (IFR), que cruza dados de preço de fechamento com volume negociado de ações, projeção de Fibinacci e análise de médias móveis.
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