Loft capta mais US$ 100 milhões e avaliação do negócio vai para US$ 2,9 bilhões

Extensão continua com mesmos objetivos da rodada série D: expandir número de imóveis e melhorar experiência de compra e venda

Mariana Fonseca

Escritório da Loft (Divulgação)
Escritório da Loft (Divulgação)

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SÃO PAULO – Após captar a maior rodada de capital de risco (venture capital) já vista no Brasil, a Loft ampliou essa mesma rodada e chegou a US$ 525 milhões coletados com investidores. A plataforma de compra e venda de imóveis ampliou também sua avaliação de mercado (valuation), que está agora em US$ 2,9 bilhões.

A extensão da rodada série D foi de US$ 100 milhões, somados aos US$ 425 milhões anteriormente captados. Essa nova leva de investimentos teve a entrada do Baillie Gifford. O fundo de investimentos focado em tecnologia e empresas de alto crescimento tem no portfólio startups como Epic Games, Meituan, NIO, Spotify e Stripe.

Outros investidores na Loft são os investidores institucionais Caffeinatted, Flight Deck e Tarsadia, além dos fundadores de negócios como Better Mortgage, GoPuff, Instacart, Kavak e Sweetgreen.

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“Mesmo no curto período de tempo desde a nossa Série D, a diversidade de perspectivas e a riqueza da experiência coletiva em nossa base de investidores nos proporcionaram inúmeras percepções, permitindo-nos executar mais rapidamente nossos planos existentes e cobrir mais terreno em geral”, escreveu em comunicado Florian Hagenbuch, cofundador da Loft.

Ao todo, a Loft já captou US$ 800 milhões com capitalistas de risco como os fundos Andreessen Horowitz, D1 Capital, Altimeter, CPPIB, DST, Monashees, QED, Tiger Global e Vulcan Capital. Alguns negócios investidos por esses fundos são Airbnb, Alibaba, Didi Chuxing, Facebook, Pinterest, Slack e Rappi. No Brasil, Nubank, Quinto Andar e Wildlife são alguns exemplos.

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A planta da Loft

De acordo com o mesmo comunicado, os recursos serão usados em “melhoria contínua da experiência de compradores, vendedores e corretores” e para “aquisição de mais apartamentos” em São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais brasileiras.

O InfoMoney já falou anteriormente com Mate Pencz, outro cofundador da Loft, sobre os próximos desafios da startup de propriedades (ou proptech).

O empreendimento precisa ganhar densidade e territorialidade ao mesmo tempo: a Loft busca cadastrar mais apartamentos nos bairros onde já está, mas também chegar a outras cidades. A proptech tem hoje 15 mil apartamentos listados em mais de 130 bairros de São Paulo e do Rio de Janeiro, além de 30 mil corretores em sua base.

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O portfólio de propriedades cresceu quinze vezes entre março de 2020 e março de 2021. A quantidade deve ser sextuplicada em 2021, chegando a 90 mil imóveis. A próxima parada deve ser Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Já na parte de melhoria contínua da experiência, um exemplo está na metodologia de precificação. A Loft usa um histórico de transações reais, com valores apurados na escrita dos imóveis e em fontes públicas e privadas, para dizer para cada usuário em quanto tempo ele vai vender um imóvel dependendo do preço.

“Vamos usar o investimento para pavimentar um caminho de aperfeiçoamento contínuo da experiência do usuário, para transformar a Loft na primeira plataforma de e-commerce imobiliário na América Latina”, afirmou Pencz na entrevista anterior ao InfoMoney.

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Esse objetivo pede a expansão das equipes de desenvolvimento de produto e tecnologia. Dos 800 funcionários da startup, 250 estão na área de tecnologia. A Loft pretende contratar ao menos 100 funcionários em 2021.

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Mariana Fonseca

Subeditora do InfoMoney, escreve e edita matérias sobre empreendedorismo, gestão e inovação. Coapresentadora do podcast e dos vídeos da marca Do Zero Ao Topo.