Grandes bancos não comentam fraude do PanAmericano

Possíveis lesados pelas manobras contábeis reveladas pelo Banco Central, bancos preferem não comentar episódio

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Alvir Hoffmann, diretor de fiscalização do Banco Central, esclareceu nesta quarta-feira (10) que o aporte de R$ 2,5 bilhões no Banco PanAmericano (BPNM4) se fez necessário devido à verificação de “inconsistências contábeis” nos balanços. Possíveis lesados pela manobra – já que os principais credores do PanAmericano são fundos de investimentos, fundos de pensão e outros bancos depositários, de acordo com o próprio BC – grandes bancos do País não comentaram o caso.  

Hoffman afirma que o PanAmericano buscou inflar seus resultados ao lançar em seu balanço contábil vendas de carteiras de crédito superiores ao efetivamente concretizado. Além disso, essas vendas, em alguns casos, não tiveram a respectiva baixa no balanço do PanAmericano. De acorco com o diretor de fiscalização do BC, esta segunda manobra – não concretização da baixa contábil das carteiras vendidas – teve maior peso na fraude.

É comum a prática de venda de carteiras de crédito a instituições de grande porte entre os pequenos e médios bancos do País. Buscando apurar quem seriam os possíveis lesados no esquema de fraude, a Equipe InfoMoney procurou as grandes instituições do setor para ouvir seus posicionamentos. 

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Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) afirmaram que não irão comentar o caso – o Bradesco, inclusive, disse que prefere aguardar a “evolução dos acontecimentos”. Enquanto isso, Santander (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3), Caixa Econômica Federal e HSBC disseram ainda estar apurando a questão e não responderam à consulta.