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(Bloomberg) – O Google (GOGL34), da Alphabet Inc., consolidou seus grupos de pesquisa de IA (Inteligência Artificial) em uma unidade, a mais recente ação da empresa para evitar ficar para trás na corrida da IA.
A mudança reúne a equipe Brain, do Google Research, e DeepMind, da Alphabet, em uma única equipe, anunciou o CEO, Sundar Pichai, em um post de blog na quinta-feira (20). “Combinar todo esse talento em uma equipe focada, apoiada pelos recursos computacionais do Google, acelerará significativamente nosso progresso em IA”, disse Pichai.
Demis Hassabis liderará o grupo, como CEO da DeepMind. Jeff Dean, executivo que liderava os esforços de inteligência artificial e pesquisa do Google, deixará a administração como parte da reorganização, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas porque não estavam autorizadas a discutir questões internas.
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Em sua nova função como cientista-chefe do Google, Dean trabalhará com o Google Research e o DeepMind para desenvolver sistemas de IA novos e mais capazes e não supervisionará grandes equipes, disseram as pessoas. Ele se reportará diretamente a Pichai.
A DeepMind, da Alphabet, tem sede em Londres e é conhecida há muito tempo como a unidade da empresa-mãe do Google que regularmente introduz inovações em inteligência artificial — incluindo seu trabalho no AlphaFold, tecnologia que pode prever a forma de proteínas, bem como o AlphaGo, software que aprendeu sozinho a jogar o jogo de estratégia Go melhor do que qualquer ser humano.
Internamente, a unidade costuma ser vista como um grupo que trabalha com conceitos de inteligência artificial que podem não ter aplicações diretas nos produtos do Google.
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O Google Research, por sua vez, era responsável pela tecnologia “transformer” (blocos de construção fundamentais para grandes modelos de linguagem). Essa tecnologia alimenta a safra atual de chatbots, incluindo o Bard, do Google, e o ChatGPT, da OpenAI Inc.
Agora, a reorganização do Google parece consolidar esse trabalho de pesquisa sob um único guarda-chuva, o Google DeepMind, sinalizando uma integração mais estreita com o restante do Alphabet.
Em seu relatório do balanço do quarto trimestre, divulgado em fevereiro, a Alphabet anunciou que a DeepMind seria incluída nos custos corporativos da Alphabet a partir deste ano, para refletir como a tecnologia está sendo incorporada a outros negócios — em vez de continuar fazendo parte da categoria “Outras apostas”, que reúne investimentos com menos impacto imediato.
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James Manyika, vice-presidente sênior de tecnologia e sociedade do Google, assumirá o cargo de chefe de pesquisa do Google, disse Pichai em seu comunicado. O CEO da Aphabet também disse que a unidade deve continuar seu trabalho em áreas como privacidade e segurança, computação quântica, saúde, clima e IA responsável.
Manyika também expandiu seu alcance na empresa quando o executivo do Google, Clay Bavor, saiu no início deste ano, assumindo a responsabilidade por projetos de tecnologia emergentes que Bavor havia supervisionado anteriormente.
Alguns dos esforços do Google em lançar produtos de IA generativos para competir com o sucesso da OpenAI, dona do ChatGPT, deixaram os trabalhadores desmoralizados, reportou a Bloomberg na quarta-feira (19). O gigante de buscas com sede em Mountain View, na Califórnia, está fazendo concessões em relação à desinformação e outros danos para alcançar o grande sucesso do ChatGPT, segundo funcionários.
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