Fusão de Oi com PT “não é problema do governo”, diz secretário

"O que a Oi tem que fazer é prestar um bom serviço para o brasileiro; nós não vamos nos meter em questões privadas", afirmou Genildo Lins

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Em meio às polêmicas envolvendo a aplicação milionária da Portugal Telecom em papéis da holding do grupo Espírito Santo, a delicada situação envolvendo a fusão da companhia ibérica e a brasileira Oi (OIBR4) ganhou mais um capítulo importante nesta sexta-feira (4).

Conforme apontou o jornal Valor Econômico, o secretário-executivo do ministério das Comunicações, Genildo Lins deu mais um banho de água fria no par de empresas do setor de telecomunicações. Segundo ele, as dificuldades por elas enfrentadas no processo de fusão não são um problema do governo.

“Isso é um problema da Oi com a Portugal Telecom. O que a Oi tem que fazer é prestar um bom serviço para o brasileiro. Nós não vamos nos meter em questões privadas”, disse.

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Vale lembrar que a aplicação de 897 milhões de euros da tele portuguesa em papéis de curto prazo da Rioforte preocupou o mercado com a efetivação da operação de fusão da PT com a Oi. A possibilidade de a companhia portuguesa não recuperar o valor aplicado neste regate do grupo em dificuldades financeiras pode trazer mudanças no processo de fusão já de conhecimento do mercado há alguns meses. Analistas do mercado não acreditam em cancelamento da operação.

Após o episódio, desconhecido pela própria Oi, dois conselheiros da Portugal Telecom renunciaram a seus cargos, alegando que não foram consultados sobre a aplicação milionária. O caso levantou o ceticismo do mercado em relação à transparência de gestão da PT.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.