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Funcionários da Amazon em vários países organizam greves para pedir por melhores salários e condições de trabalho, nesta sexta-feira (25). O movimento chama a atenção, pois ocorre durante a Black Friday, uma das datas mais importantes para o varejo mundial.
Em sua maioria, as mobilizações ocorrem nos Estados Unidos e em países europeus, mas há focos em outros locais da América, África e Ásia. Segundo o movimento Make Amazon Pay (Faça a Amazon pagar, em português), no Brasil, o protesto acontece no centro de distribuição de São Paulo.
De acordo com o jornal The Guardian, no Reino Unido, os manifestantes europeus pedem um aumento de quase 50% no pagamento, de 10 para 15 euros por hora. O motivo principal desta reivindicação seria a alta da inflação que tem impactado a renda dos trabalhadores no continente
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O grupo que organiza o movimento também pede que a Amazon seja responsável com as pegadas de carbono que emite durante a cadeia de produção. Em manifesto, a Make Amazon Pay destaca que a empresa obteve isenções fiscais em muitos dos países onde atua e, mesmo assim, devolve pouco à sociedade.
“A pandemia expôs como a Amazon coloca os lucros à frente dos trabalhadores, da sociedade e de nosso planeta. A Amazon toma muito e devolve pouquíssimo. É hora de Fazer a Amazon Pagar. Somos trabalhadores, ativistas e cidadãos de todo o mundo que nos unimos para fazer a Amazon pagar seus trabalhadores de forma justa, por seu impacto sobre o meio ambiente e por seus impostos”, diz a entidade.
Ao Infomoney, a Amazon não comentou sobre os impactos na divisão brasileira, mas disse que leva à sério o papel e impacto que causa na sociedade. “Temos inovado e feito grandes investimentos em diversos setores. Assumimos compromissos importantes quanto às mudanças climáticas com a nossa meta de zerar as emissões de carbono até 2040; continuamos a oferecer salários benefícios e competitivos; e investimos em novas maneiras de preservar a segurança e a saúde de nossas equipes, para citar apenas alguns exemplos”, argumentou a empresa.
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Grandes companhias e os sindicatos
A Amazon não é a única grande empresa norte-americana a enfrentar embate com os sindicatos. Na semana passada, a Starbucks também foi alvo de protestos de funcionários em mais de 100 lojas, bem no “Red Cup Day”, dia de grande movimentação da cafeteria.
Tudo ocorre porque o sistema trabalhista dos Estados Unidos tem visto uma grande adesão dos funcionários ao sindicalismo. Desta forma, eles se organizam em grupos para pedir desde o aumento de salários a outras demandas conjuntas.
No caso da gigante do e-commerce, em março deste ano, os trabalhadores votaram para formar o primeiro sindicato nos EUA, na instalação JFK8, a maior da empresa em Staten Island, denominado Sindicato Trabalhista da Amazon.
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Na ocasião, em comunicado, a companhia disse que estava “decepcionada com o resultado porque acredita que ter um relacionamento direto com a empresa é o melhor para os funcionários”.