Foco da Petrobras em águas ultraprofundas impulsiona lucro

“Estamos conseguindo gradualmente eliminar nossa participação em negócios que sangravam o caixa da Petrobras há vários anos“, diz Roberto Castello Branco, presidente da estatal

Bloomberg

Visão aérea da plataforma P-52 da Petrobras na Bacia de Campos. 28 de novembro de 2007. REUTERS/Bruno Domingos
Visão aérea da plataforma P-52 da Petrobras na Bacia de Campos. 28 de novembro de 2007. REUTERS/Bruno Domingos

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(Bloomberg) — O foco exclusivo da Petrobras na exploração de águas ultraprofundas está dando resultado. A estratégia ajuda a estatal a cortar custos ao mesmo tempo em que a petroleira levanta bilhões de dólares com a venda de ativos.

O custo de operação e manutenção dos campos do pré-sal, que hoje representam quase 60% da produção de petróleo da Petrobras, ficou em cerca de US$ 6 o barril no segundo trimestre, uma queda de 9% na comparação anual, segundo balanço divulgado na quinta-feira.

A redução de custos ajudou o lucro líquido a dar um salto de 87%, para um recorde de R$ 18,9 bilhões.

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Com o foco de exploração na região da costa do Rio de Janeiro, a Petrobras segue com a venda de ativos: este ano a petroleira levantou US$ 8,6 bilhões com a venda da unidade de gasodutos TAG e US$ 2,3 bilhões ao se desfazer de uma participação majoritária na BR, maior distribuidora de combustíveis do país.

“Estamos conseguindo gradualmente eliminar nossa participação em negócios que sangravam o caixa da Petrobras há vários anos”, escreveu o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, em mensagem aos investidores.

Castello Branco disse que a empresa vai abrir o processo de venda de outras quatro refinarias no próximo mês, que se somam às quatro já à venda. Enquanto isso, a petroleira reduziu sua meta de investimentos para o ano, de US$ 16 bilhões para um intervalo entre US$ 10 bilhões e US$ 11 bilhões.

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Os custos de produção mais baixos ocorrem em um momento em que o programa de desinvestimento da Petrobras torna mais difícil para a estatal cumprir as metas de crescimento, já que a empresa tem vendido campos em produção.

Com o comando da Petrobras comprometido com mais vendas de ativos, o cumprimento das metas dependerá da capacidade de conter as taxas de declínio nos campos maduros da Bacia de Campos.

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