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SÃO PAULO – Após o pedido de recuperação judicial feito pela Oi (OIBR3, OIBR4) na noite da última segunda-feira (20), a BM&FBovespa anunciou que as ações da companhia ficarão com as negociações interrompidas até às 11h (horário de Brasília) desta terça-feira. Além disso, elas serão removidas de todos os índices de ações que fazem parte dentro da Bovespa.
A companhia de telefonia Oi entrou com pedido de recuperação judicial perante a Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, em caráter de urgência. O total dos créditos soma aproximadamente R$ 65,4 bilhões, sendo quase 5 vezes superior ao até então maior pedido de recuperação judicial do Brasil – que era da OGX Petróleo, no valor de R$ 11,2 bilhões.
O pedido feito já irá desencadear um pagamento de US$ 14 bilhões em swaps de crédito da Oi, os famosos CDS (Credit Defaults Swaps), segundo dados compilados pela Bloomberg. Além disso, ele impactará imediatamente o balanço dos grandes bancos brasileiros: Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil possuem juntos uma exposição máxima de R$ 13,5 bilhões, segundo análise feita pelo Credit Suisse nesta terça, sendo o BB o banco mais exposto, com R$ 5,9 bilhões.
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Conta o comunicado que a BM&FBovespa realizará procedimento especial de negociação para determinação do preço de retirada das ações OIBR3 e OIBR4 dos índices de ações IBrA (Índice Brasil Amplo), IBrX100 (Índice Brasil 100), IGCT (Índice de Governança Corporativa Trade), ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) e SMLL (Índice Small Cap). A saída dos cinco índices dá sequência a movimento visto ao final de abril, quando as ações da Oi deixaram de fazer parte da carteira teórica do Ibovespa.
O procedimento informado pela Bolsa terá início às 16h (horário de Brasília), com duração mínima de uma hora. Os papéis da companhia de telefonia, porém, continuarão sendo negociadas normalmente.