Diretores do PanAmericano não desviaram recursos do banco, diz jornal

Prejuízo da instituição teria resultado de má administração e não de supostos desvios da diretoria, segundo auditores

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Auditores da Deloitte e da Pricewaterhouse Coopers afirmaram que não houve desvio de recursos realizado pela diretoria do banco PanAmericano (BPNM4), a despeito do rombo de R$ 4,3 bilhões, segundo informações publicadas no jornal Folha de São Paulo. 

A análise dos técnicos, realizada a pedido do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), o prejuízo registrado pelo banco se deve a uma má administração. Ainda ficou constatado que a manipulação contábil servia para maquiar o prejuízo e não possíveis desvios.

Consultada pela InfoMoney, a assessoria da Pricewaterhouse Coopers não comenta o assunto. Na mesma linha, a Deloitte justifica seu silêncio pela confidencialidade do seu cliente, no caso o PanAmericano. A assessoria de imprensa do FGC também não comenta a notícia.

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O resultado da análise também teria apontado que os diretores do banco, afastados da instituição em novembro do ano passado, retiraram cerca de R$ 100 milhões de outras empresas, não financeiras, do grupo. Para não levantar suspeitas, os recursos eram retirados oficialmente sob o rótulo de prestação de serviços.

São três os suspeitos de fazer parte deste esquema, sendo eles, o superintendente do banco, Rafael Palladino, o diretor financeiro, Wilson Roberto de Aro e o diretor de crédito, Adalberto Savioli, apontou a matéria.

BTG Pactual compra PanAmericano
Na última segunda-feira (31), o BTG Pactual confirmou a aquisição, por R$ 450 milhões, da parcela do Grupo Silvio Santos no capital do Banco PanAmericano. Com isso, o BTG passa a deter 37,64% do capital do PanAmericano, com 51% das ações ordinárias, o que representa o controle do PanAmericano, e 21,97% das preferenciais. O BTG Pactual firmou acordo de acionistas com a Caixa Econômica Federal, que manterá sua participação de 36,56%.