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A Delta Air Lines tem conseguido evitar milhões de dólares em tarifas dos Estados Unidos sobre aviões europeus, inicialmente enviando as aeronaves para lugares fora do país, como Amsterdã, Tóquio e El Salvador.
A companhia aérea americana recebeu sete aviões Airbus fabricados na Europa desde que as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump entraram em vigor em outubro de 2019.
Em vez de trazer as aeronaves para casa como fazia no passado, a Delta deixou os aviões no exterior. A decisão, associada à definição de novos aviões nas regras tarifárias, evitou que os jatos fossem considerados importação, embora alguns deles entrem regularmente nos EUA.
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Evitar as tarifas economizou um dinheiro precioso para a Delta, o maior cliente da Airbus nos EUA, enquanto registros alfandegários mostram que as tarifas foram cobradas de companhias rivais. Cada dólar conta para um setor que tenta cortar custos em meio ao colapso da demanda causado pela pandemia de coronavírus.
Como outras grandes companhias aéreas dos EUA, a Delta recebeu bilhões de dólares em ajuda do governo enquanto aterrava aviões, reduzia voos e cortava empregos enquanto o setor se preparava para uma longa crise.
“Tomamos a decisão de não importar nenhuma aeronave nova da Europa enquanto essas tarifas estiverem em vigor”, disse a Delta em comunicado à Bloomberg News. “Em vez disso, optamos por usar novas aeronaves exclusivamente para serviços internacionais, que não requerem importação.”
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A estratégia da Delta se baseia na norma que classifica aviões como usados depois de terem voado por qualquer motivo diferente de testes e entregas. As tarifas sobre a importação de aviões novos não se aplicam, mesmo se a aeronave estiver voando em breve para os EUA.
Embora a Delta não comente os detalhes financeiros, a economia provavelmente será significativa. Com base nos preços de tabela das aeronaves, a estratégia economizou para a empresa até US$ 270 milhões, embora o valor real seja certamente muito menor, devido aos grandes descontos habituais nas vendas de jatos.
As implicações vão muito além dos resultados financeiros da Delta. Os esforços da companhia aérea também ilustram como as guerras comerciais de Trump levaram empresas americanas a reconfigurarem suas práticas comerciais para evitar tarifas, muitas vezes de maneiras que as tornam menos eficientes.
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