Deloitte nega acusações de maquiagem de balanço do banco PanAmerciano

Segundo a empresa de auditoria, nenhum relatório sobre o balanço do banco foi feito e acusações não são verdadeiras

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SÃO PAULO – Segundo reportagem da Folha de São Paulo desta quarta-feira (17), a empresa de auditoria Deloitte teria eviado ao banco PanAmericano e ao Banco Central o balanço do terceiro trimestre do banco na última semana, no qual o valor apareceria sem o rombo de R$ 2,5 bilhões, em uma tentaiva de maquiar a fraude. Ainda segundo a reportagem, o rombo teria sido especificado posteriormente, apenas em uma nota técnica da demonstração financeira, recurso que geralmente é utilizado para explicar a metodologia e eventos menores.

Sobre essa nota, a empresa se pronunciou afirmando que a matéria publicada “traz inúmeras inverdades”, evidenciadas logo na manchete da primeira página de um dos cadernos do jornal, pois, conforme afirma a Deloitte, somente a administração do banco poderia, por lei, preparar suas demonstrações financeiras.

“Conforme resposta enviada formalmente ao repórter, a Deloitte não preparou e não emitiu qualquer relatório sobre o balanço do terceiro trimestre de 2010 do Banco PanAmericano. Portanto, pela sua inexistência, seria impossível que um suposto relatório tivesse sido enviado ao Banco PanAmericano e ao Banco Central. Não é possível que terceiros auditores, que teriam sido ouvidos pelo repórter, concluíssem sobre a suficiência de nossos procedimentos de auditoria sem ter tido acesso aos nossos trabalhos e sobre estes emitissem julgamento e afirmativas de forma irresponsável”, afirmou a auditoria.

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Além disso, a Deloitte afirmou estar surpreendida com menções feitas pelo repórter da matéria, como a acusação de que a unidade brasileira da empresa de auditoria poderia ser descredenciada pela matriz e também a colocação da empresa Bausch & Lomb como uma de suas clientes de auditoria, ambas consideradas pela auditoria como “colocações incorretas”.

Por fim, a Deloitte acrescentou que o compromisso da empresa será sempre com a verdade dos fatos. ” Informamos que continuamos impedidos de nos pronunciar sobre o caso do Banco por questões de ética e normas profissionais; reiteramos que nosso compromisso é com a verdade dos fatos”, afirmou a empresa em nota.