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SÃO PAULO – A credenciadora Cielo anunciou nesta segunda-feira (26) o lançamento do aplicativo Cielo Pay. Com o objetivo de atender empreendedores, o app é a mais nova jogada da Cielo para ganhar mercado no segmento dominado pela concorrente PagSeguro.
O aplicativo, que funciona como uma conta corrente e uma carteira digital, tem como seu principal destaque permitir que vendedores aceitem pagamentos sem ter uma maquininha — gerando um QR Code, boleto ou enviando um link por meio de seu celular.
“O nosso foco hoje é trazer conveniência para o empreendedor. O que ele mais precisa hoje é ter o valor das vendas que faz disponível direto em uma conta. É isso o que estamos possibilitando”, afirmou Paulo Caffarelli, presidente do banco, em entrevista com jornalistas.
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De acordo com a Cielo, a conta digital é aberta em até 3 minutos, é grátis e permite realizar transferências para outras contas Cielo Pay ou para qualquer outro banco por meio de um TED. O dinheiro também poderá ser sacado nos caixas eletrônicos da Rede24horas. O valor disponível na conta corrente terá rendimento de 100% do CDI.
Entre as várias funcionalidades, o aplicativo também conta com uma assistência virtual (com serviços como encanador, eletricista e help desk), acesso rápido às redes sociais e ainda a oferta de promoções de parceiros da Cielo.
Credenciadoras miram carteira digital
O aplicativo da Cielo representa mais um passo em sua estratégia para ganhar clientes menores. Hoje, 60% dos clientes da companhia são grandes contas. Os outros 40% são do segmento de varejo — lojistas e empreendedores que possuem faturamento anual de até R$ 15 milhões, segundo a classificação da Cielo. O objetivo da empresa é inverter esses percentuais.
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A Cielo, no entanto, não é a única a oferecer um aplicativo com conta corrente. A PagSeguro tem o PagBank, lançado em maio, que permite transferências e pagamentos e dá acesso até a um cartão pré-pago internacional. O MercadoPago lançou, no ano passado, sua conta com depósito remunerado, com rendimento de cerca de 5,2% ao ano.
Essa competição mostra que as credenciadoras já levaram a disputa por clientes para um novo nível: o das carteiras digitais.
No setor de credenciamento a concorrência foi levada ao máximo há poucos meses quando a Rede, do Itaú, eliminou as taxas de antecipação de recebíveis para seus clientes — o que até então era uma das principais fontes de receita desse mercado.
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No segmento das carteiras digitais, além da já tradicional taxa cobrada sobre cada transação de cartão de crédito ou débito (MDR), Cielo e PagBank rentabilizam ao cobrar tarifas por serviços como TED e saque. Stone, GetNet e outras concorrentes ainda não oferecem a conta digital. A ver quem será a próxima.
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