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O Rock in Rio é um dos festivais mais renomados do mundo, conhecido por reunir grandes artistas e proporcionar experiências memoráveis para os fãs da música. Com quase 40 anos de existência, tem se mantido relevante graças à sua cultura sólida e constante busca por inovação.
Em uma entrevista ao programa Trilha da Inovação, Luiz Justo, CEO do Rock in Rio, compartilhou as últimas novidades sobre as inovações e tecnologias que estão sendo implementadas no festival, especialmente na edição que será realizada em São Paulo.
Justo destacou que o objetivo do festival vai além de oferecer um conteúdo musical de qualidade. A equipe está empenhada em criar experiências únicas para os clientes, tanto no palco quanto fora dele. “Rock in Rio foi se transformando num grande parque temático da música e do entretenimento e a gente trazendo não só muita tecnologia atrelada obviamente ao show, mas como a gente podia usar tecnologia para proporcionar experiências cada vez mais inesquecíveis para os nossos fãs.”
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A análise de dados também é uma ferramenta essencial para aprimorar a experiência do público. Através dessas análises, é possível tomar decisões que impactam desde a localização dos banheiros até os horários de transporte e funcionamento dos palcos. A tecnologia também está presente durante o evento, com iniciativas como o uso de drones sincronizados com a música, que proporcionam um espetáculo visual impressionante.
Além do Rock in Rio, a empresa responsável pelo festival, Rock World, administra outros eventos de grande porte. O CEO destaca a expansão internacional do Rock in Rio, com edições em Portugal, Madri e Las Vegas. Atualmente, o festival acontece a cada dois anos no Rio de Janeiro e em Lisboa. E uma novidade empolgante é o lançamento do evento The Town, em São Paulo, que busca trazer a mesma experiência e inovação do Rock in Rio para a cidade.
O The Town acontece entre os dias 2 e 10 de setembro e já foram anunciados alguns dos “headliners”, como Bruno Mars, Foo Fighters e Post Malone, além de diversas bandas brasileiras e internacionais. O evento promete ser uma homenagem à diversidade cultural de São Paulo, contando com uma variedade de palcos e atrações para diferentes públicos.
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Quando questionado sobre as referências e inspirações do Rock in Rio, Justo destaca a Disney como uma empresa inspiradora em relação à construção e entrega de experiências. O festival busca aprender com o sucesso da Disney em proporcionar momentos mágicos e únicos para seus visitantes.
Em relação ao futuro dos grandes eventos, Justo enfatiza que a tecnologia deve ser vista como uma ferramenta, não um fim em si mesma. A equipe do Rock in Rio está sempre em busca de tecnologias que possam aprimorar a experiência dos fãs e torná-la ainda mais memorável. Exemplos citados incluem projetos de inteligência artificial, análise de dados e até mesmo o uso de NFTs (tokens não fungíveis) como uma forma de recordação para os participantes do festival.
Ao longo dos anos, o Rock in Rio desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do show business brasileiro. O festival ajudou a estabelecer o Brasil como um destino para grandes artistas internacionais, além de contribuir para o crescimento do setor de entretenimento no país. Hoje, o Brasil possui uma equipe e fornecedores de alto nível, capazes de oferecer o mesmo padrão de qualidade encontrado nos Estados Unidos e na Europa.
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Quando se trata de troca de experiências entre grandes shows internacionais e eventos no Brasil, Justo destaca que o Rock in Rio teve um papel importante ao abrir as portas do entretenimento mundial para o Brasil. O festival trouxe as primeiras grandes bandas internacionais para o país, e a equipe do Rock in Rio teve que superar desafios para construir uma estrutura e formar profissionais capacitados dentro de um mercado que ainda estava em desenvolvimento. Hoje, o know-how e a expertise do Rock in Rio são reconhecidos internacionalmente, e profissionais brasileiros são contratados para trabalhar em shows e turnês de artistas internacionais.
No que diz respeito à inovação, Luis acredita que ela deve estar presente em todas as áreas da empresa. Para isso, foi criada uma estrutura de inovação que visa estimular a criatividade e manter uma cultura de inovação constante. A equipe é encorajada a participar de processos, reuniões e comitês, onde são discutidas ideias inovadoras e trazidas pessoas de fora para contribuir. O objetivo é mostrar que a inovação não é responsabilidade exclusiva de um único time, mas sim algo que deve ser incorporado por todos, inclusive pela área financeira e operacional.
Embora o Rock in Rio não tenha um programa estruturado de incubação, a empresa tem trabalhado com diversas startups ao longo dos anos. Luiz Justo menciona o exemplo de uma startup de gestão de filas digitais, que recebeu apoio e teve a oportunidade de testar sua solução durante o evento. A colaboração com startups permite que o festival esteja sempre atualizado com as últimas tendências tecnológicas e busque soluções inovadoras para aprimorar a experiência do público.
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Os desafios logísticos são uma realidade para qualquer grande evento, e o Rock in Rio não é exceção. Um dos principais desafios enfrentados é a mobilidade dentro do festival, incluindo o acesso das pessoas e o fluxo de saída após o encerramento do evento. Para lidar com esses desafios, o estival utiliza tecnologia avançada, como dados e mapas de calor, para monitorar em tempo real o deslocamento das pessoas.
O centro de comando e controle do evento é equipado com telas que exibem informações vitais para a operação em tempo real, como segurança e monitoramento das redes sociais. Além disso, o aplicativo do Rock in Rio desempenha um papel importante, fornecendo informações aos participantes, como a disponibilidade de banheiros e outras comodidades.
Além de ser um festival de música, o Rock in Rio também investe em projetos educacionais. O “Rock in Rio Academy” é um exemplo desse tipo de iniciativa e permite que executivos aprendam com os profissionais do festival. Os participantes têm a oportunidade de visitar bastidores, camarins e até mesmo assistir a palestras no palco principal. A experiência de aprendizado promove uma imersão completa no universo do entretenimento. “É muito legal porque a gente entende que quando você embarca a experiência também no aprendizado, você inspira mais as pessoas. Então, é um projeto que a gente ama e de fato é uma derivação do entretenimento agora aplicado à educação.”, afirma Luis.
A troca de ideias evidencia a importância da inovação no Rock in Rio, a conexão com startups e os desafios logísticos enfrentados, demonstram o compromisso contínuo do festival em oferecer uma experiência única para o público e contribuir para o cenário de inovação no Brasil, estabelecendo um padrão de excelência que é reconhecido em todo o mundo.
“Eu acho que é um evento que vai ajudar para mostrar para o mundo que a gente tem sim, o Brasil e o Rio de Janeiro, a possibilidade de se tornar uma das capitais de inovação do mundo”, diz Luis.
Por Ana Medici, apresentadora do Trilha da Inovação.