CCJ adia audiência pública no Senado sobre fraude no Banco PanAmericano

Debate ficará para o dia 24 deste mês; participarão Henrique Meirelles e presidentes da CEF, da Deloitte e da KPMG

Anderson Figo

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SÃO PAULO – A audiência pública sobre o escândalo de fraudes no Banco PanAmericano (BPNM4), marcada para a próxima quarta-feira (17), foi adiada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) nesta terça-feira (16). A nova data estipulada para o debate é dia 24 de novembro, na semana que vem.

Segundo a CCJ, o adiamento deve-se à problemas na agenda dos convidados. Entre eles, está o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e a presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda Ramos Coelho. Além destes, também estarão presentes na audiência o presidente da Deloitte, Juarez Araujo, e da KPMG Brasil, Pedro Melo. Estas são as duas auditorias que trabalhavam com o Banco PanAmericano.

A reunião, que será realizada em conjunto com a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), foi determinada a pedido dos senadores Antonio Carlos Júnior (DEM – BA), Eduardo Suplicy (PT – SP) e Aloizio Mercadante (PT – SP). A audiência servirá, segundo Carlos Júnior, para “deixar às claras” a operação de resgate do banco.

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Esclarecimento
Na última semana, quando a CCJ determinara a data da audiência, Carlos Júnior defendeu seu ponto de vista. “O que queremos é um esclarecimento sobre o aporte de recursos pelo Fundo Garantidor de Crédito e a participação da Caixa nesse negócio”, disse.

O presidente do CCJ, o senador Demóstenes Torres (DEM – GO), disse que o mais importante é averiguar se a CEF sabia que estava comprando ações de uma instituição financeira com dificuldades. Já Álvaro Dias (PSDB – PR), ressaltou que a Caixa comprou uma parcela do PanAmericano em uma operação que começou no ano passado, mas só foi aprovada pelo BC neste ano, “e que valorizou o banco em R$ 2,1 bilhões”.