Caso contra Transocean põe em risco produção de petróleo no país

Eventual suspensão das atividades da operadora de sondas no Brasil poderá afetar gravemente a produção de petróleo

Reuters

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SÃO PAULO – A eventual suspensão das atividades da operadora de sondas Transocean no Brasil poderá afetar gravemente a produção de petróleo no país, disse a diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard, durante evento no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (14).

Segundo Madga, a Transocean opera dez sondas no Brasil atualmente, sendo oito para a Petrobras (PETR3; PETR4).

A Justiça determinou que a empresa suspenda as atividades juntamente com a petrolífera Chevron, por conta do processo envolvendo o vazamento de petróleo no campo de Frade, na bacia de Campos, ocorrido no ano passado.

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“Não podemos perder dez sondas da Transocean em um momento de declínio da produção de petróleo como o atual. Na visão da ANP, a empresa não fez nada de errado”, afirmou Magda a jornalistas, após o lançamento da revista “The Oil and Gas Brazil 2012”.

Em entrevista recente, o presidente da Transocean afirmou que a empresa ainda não foi notificada sobre a decisão que determina a suspensão das atividades no Brasil.

A partir dessa notificação, a empresa teria um prazo de 30 dias para suspender as atividades.

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A diretora da ANP disse ainda que vai recorrer na semana que vem ao Superior Tribunal de Justiça contra a liminar que impede Chevron e Transocean de operarem no país.

Magda afirmou também não acreditar que última instância judicial proibirá Chevron e Transocean de operarem no Brasil.