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SÃO PAULO – A Deloitte, auditora do Banco PanAmericano (BPNM4), poderia ter descoberto o rombo de R$ 4,3 bilhões no balanço da instituição caso seguisse os procedimentos adequados, revelou o jornal O Estado de São Paulo, citando documentos sigilosos do Banco Central.
Na avaliação do BC, os auditores deveriam checar os “valores das contas a receber e a pagar, por meio da comunicação direta com os terceiros envolvidos, quando o valor envolvido for expressivo em relação à posição patrimonial e financeira e ao resultado das operações”, citou o jornal.
No entanto, a Deloitte teria pedido ao próprio PanAmericano para que este enviasse cartas ao Bradesco e ao Itaú Unibanco acerca de tais informações, constatou o Banco Central, segundo a reportagem. Além disso, as respostas teriam sido entregues à própria Deloitte, mas com nenhuma menção às vendas de carteira, principal motivo do rombo.
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Tais documentos também teriam sido enviado ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), disse a matéria. Procurado pelo InfoMoney, o Banco Central não confirma a notícia. Já as assessorias de imprensa da Deloitte e do Banco PanAmericano até o momento não foram encontradas para comentar a notícia.
“Inconsistência contábil”
Segundo o resultado apresentado pelo Banco PanAmericano na última quarta-feira, a inconsistência contábil no valor de R$ 4,3 bilhões no balanço da instituição se divide da seguinte maneira: R$ 1,6 bilhão é referente à carteira de crédito insubsistente, R$ 1,7 bilhão a passivos não registrados de operações de cessão liquidados/referenciados e R$ 0,5 bilhão quanto a irregularidades na constituição de provisões para perdas de crédito.
Outros R$ 300 milhões referem-se a ajustes de marcação a mercado, enquanto os R$ 200 milhões restante referem-se a outros ajustes.