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SÃO PAULO – A notícia de ontem de que o Fundo Soberano poderia recorrer à uma venda de ações do Banco do Brasil (BBAS3) como forma de cobrir o saque de R$ 3,5 bilhões do governo na segunda-feira (22) indicava que essa pressão vendedora poderia derrubar o preço dos papéis do banco na Bovespa. Pois bem, se no pregão anterior a reação destas ações foi tímida – queda de apenas 0,46% -, o movimento desta quinta-feira (25) sinaliza que as vendas pelo Fundo podem ter começado.
Às 11h51 (horário de Brasília) desta quinta-feira, os papéis do Banco do Brasil despencavam 5,3%, cotados a R$ 28,30. O volume financeiro negociado também impressiona: R$ 193 milhões em pouco menos de duas horas de pregão – em média, os papéis BBAS3 movimentam R$ 350 milhões por dia ao longo das sete horas de negociação na Bovespa.
“O saque anunciado pode ocasionar em fluxo negativo para as ações da instituição no curto prazo”, escreveram na véspera os analistas da XP Investimentos, em relatório enviado a clientes. Contudo, eles ressaltam que o verdadeiro direcionador do preço continuará sendo o cenário político e a dinâmica econômica brasileira. Vale lembrar que o BB, assim como outros bancos e estatais listados na bolsa brasileira, começaram a disparar a partir de março, época que começou a pipocar as especulações acerca da corrida presidencial.
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Na segunda-feira, o Fundo Soberano do Brasil anunciou que faria um saque de R$ 3,5 bilhões como forma de aumentar as receitas e evitar novos cortes de gastos, o que levou o mercado a acreditar que o governo federal deveria montar uma operação bilionária com as ações do Banco do Brasil ou teriam que recorrer novamente à contabilidade criativa. Do terceiro mês de 2014 pra cá, as ações do BB ainda acumulam ganhos de 56%.