Ações do PanAmericano sobem 4,61%, após perdas de 29,5% na última sessão

Alta do dia fica longe de amenizar as perdas sofridas na quarta-feira, após uma operação de resgate injetar R$ 2,5 bi no banco

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SÃO PAULO – As ações do Banco PanAmericano (BPNM4) subiram 4,61% no pregão desta quinta-feira (11), cotadas a R$ 4,99, após terem despencado 29,5% na última sessão. Enquanto isso, o Ibovespa recuou 0,62%, aos 71.195 pontos. Na máxima do dia esta ação chegou a subir 13,84%, valendo R$ 5,43.

A alta do dia nem sequer chegou perto de recuperar as perdas registradas após a operação de resgate que injetou R$ 2,5 bilhões na instituição através do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

No pregão desta quinta-feira foram contabilizados 8.762 negócios com o papel, girando R$ 63,5 milhões. Na véspera o papel teve 15.311 negócios e volume de R$ 162,9 milhões. Para efeito de comparação, a média diária de 12 meses até a véspera apontava R$ 4,4 milhões de giro e 460 negócios.

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Avaliações de risco devem sofrer mudanças
O ocorrido significa um revés para o setor bancário como um todo, mas principalmente para os de menor porte, segundo avaliação da Ativa Corretora, que considera ainda que haverá naturalmente a elevação da percepção de risco do segmento.

Ainda que o caso do PanAmericano seja considerado isolado, até mesmo porque a instituição já vinha apresentando resultado negativo, não devem ser descartados possíveis reflexos em outros bancos de porte médio, segundo a corretora.

Diferenças entre instituições de médio porte
Porém, cabe ressaltar que a diferença entre o banco controlado pelo Grupo Silvio Santos, focado nas pessoas físicas e outros bancos médios que atuam voltados para o middle market. Para os analistas, a elevação da percepção de risco não deverá ser sentida na mesma proporção nestes casos.

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Por fim, a rápida atuação do Banco Central foi bem recebida, não tendo permitido a contaminação do setor. A Ativa aponta que não deverá haver impacto nos grandes bancos, apesar da “volatilidade nas ações do setor, até que se conheça a extensão dos problemas contábeis identificados”.

Entenda a operação
O Banco Panamericano, esclareceu ainda na última quarta-feira que o aporte de R$ 2,5 bilhões irá se somar aos R$ 1,3 bilhão que a instituição já possuía em caixa. Foi anunciado também que o ingresso de recursos não implicará na diluição da posição acionária nem tampouco do patrimônio do banco.

As operações ativas e passivas da empresa continuam normalmente com as atuais políticas de créditos e a gestão do banco passará a ser exercida por uma nova diretoria, escolhida pelo Grupo Silvio Santos e pela CaixaPar, conforme acordo firmado em novembro de 2009.

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Pequenos se recuperam no pregão
Bancos de menor porte apresentaram alta no pregão desta quinta-feira (11), após também terem sofrido com oscilações no último pregão.

Fecharam no positivo as ações do Banco Indusval (IDVL4, 0,25%), Paraná Banco (PRBC4,0,71%), Banco Cruzeiro do Sul (CZRS4, 0,33%) e Sofisa (SFSA4, 0,20%).