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SÃO PAULO – Notícias ruins impactam novamente o desempenho da ação da PDG (PDGR3) no pregão dessa terça-feira (10). Os papéis da companhia registraram queda de tinham queda de 10,06%, aos R$ 3,04 – cotação mínima do intraday. Já o Ibovespa terminou com recuo de 3,05%, aos 53.705 pontos.
Vale mencionar que os ativos PDGR3 movimentaram ao todo R$ 176,84 milhões mais que o dobro da média diária vista nos últimos 21 pregões.
Essa baixa é consequência da redução das metas de lançamentos deste ano, para um intervalo entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, após já ter sido levada pra baixo em abril, para um intervalo de R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões. A nova meta, de acordo com a empresa, considera o atual cenário de contração econômica nacional e seu impacto na demanda do mercado imobiliário, o que é visto com desconfiança pelo mercado, de acordo com o analista da Amaril Franklin, Eduardo Machado.
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“O cenário econômico já vinha sendo traçado desde o início do ano. Desse modo, não houve nenhuma surpresa muito forte com relação à atividade nacional para que houvesse uma nova redução do guidance no meio do ano”, afirma Machado, ressaltando que essa revisão mina a credibilidade da companhia, num movimento parecido com as ações da OGX (OGXP3) – os papéis da petrolífera de Eike Batista despencaram no final de junho com o anúncio de que a produção no campo de Tubarão Azul será muito abaixo do esperado.
Outros fatores
Além da frustração com o guidance ter sido refletida pelos papéis- já que o mercado leva em conta o que a empresa divulga para fazer projeções sobre as ações dela – e a falta de credibilidade perante os acionistas, o analista afirma que também há fatores pontuais por trás da revisão. Dentre eles, está a escassez de mão-de-obra qualificada no setor, levando a um atraso ainda maior na entrega.
Com isso, o público que quer comprar um imóvel irá comparar e procurar empresas que não tenham um histórico de atrasos, o que não é o caso da PDG, afirma o analista.
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Por fim, Machado ressalta o ambiente incerto de sucessão da presidência da companhia. A expectativa é de que a transição ocorresse ainda no segundo semestre, mas devido a conflitos e à injeção de capital pela Vinci Partners, o cenário ainda é indefinido para a companhia, aponta.
Mais destaques no setor
É válido ressaltar que outras ações do setor também se destacaram na ponta vendedora. É o caso da Rossi (RSID3, R$ 4,45, -8,81%) e Brookfield (BISA3, R$ 3,05, -7,85%), que tiveram a quarta e a quinta pior performance do Ibovespa nesta sessão, respectivamente.
Por outro lado, as ações da Gafisa (GFSA3) terminaram este pregão com alta de 1,23%, cotadas a R$ 2,47, desempenho que, embora modesto, foi o melhor dentre os papéis que fazem parte do índice. Além disso, os ativos da construtora chegaram a subir mais de 8,5% no intraday, com os investidores digerindo o resultado da sua prévia operacional.