Aliado de Putin diz que Ocidente está elevando risco de uso de armas de destruição em massa

Nikolai Patrushev disse que a ordem pós-Guerra Fria, incluindo o domínio dos Estados Unidos, está perdendo força

Reuters

(Photo by Adam Berry/Getty Images)
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MOSCOU (Reuters) – Nikolai Patrushev, um poderoso aliado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que as políticas “destrutivas” dos Estados Unidos e de seus aliados estão aumentando o risco de uso de armas nucleares, químicas ou biológicas.

A invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 levou ao confronto mais sério entre Moscou e o Ocidente desde a crise dos mísseis cubanos de 1962, e a arquitetura de controle de armas pós-Guerra Fria desmoronou.

O Ocidente diz que a guerra na Ucrânia é uma apropriação de terras no estilo imperial russo. O Kremlin diz que o conflito faz parte de uma luta mais ampla contra um Ocidente em declínio, que acusa de semear o caos em todo o mundo para tentar manter seu domínio.

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Patrushev disse que a ordem pós-Guerra Fria, incluindo o domínio dos Estados Unidos, está perdendo força.

“A consequência natural das políticas destrutivas dos Estados Unidos é a deterioração da segurança global”, disse Patrushev, citado pela agência de notícias estatal russa TASS, aos colegas de um grupo de Repúblicas pós-soviéticas.

“O risco de que armas nucleares, químicas e biológicas sejam usadas está aumentando”, disse ele. “O regime internacional de controle de armas foi prejudicado.”

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Patrushev não deu detalhes específicos sobre onde as armas de destruição em massa poderiam ser usadas, mas acusou Washington de não conseguir trazer a paz para o Oriente Médio e de escalar a guerra na Ucrânia ao apoiar Kiev.

Patrushev, 72 anos, é um ex-oficial da KGB que conhece Putin desde a década de 1970, quando trabalharam juntos no serviço de segurança soviético. Suas observações oferecem uma visão do pensamento do alto escalão da elite do Kremlin.

Seus comentários foram feitos após as críticas dos EUA à decisão russa, na terça-feira, de se retirar do Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa, um acordo de segurança pós-Guerra Fria. Washington disse que a decisão mostrou o desrespeito de Moscou pelo controle de armas, e as autoridades norte-americanas alertaram que a Rússia poderia usar uma arma nuclear tática na Ucrânia, uma sugestão que Putin minimizou.

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A guerra na Ucrânia aumentou a influência dos falcões do Kremlin, como Patrushev, que consideram o colapso soviético um desastre e os EUA uma influência maligna.

Como secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Patrushev está no centro da tomada de decisões da política externa e de segurança.

“Os anglo-saxões e o Ocidente coletivo como um todo estão perdendo influência”, disse Patrushev, acusando o Ocidente de tentar desestabilizar a situação em países que seguiram um curso independente.

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Os EUA consideram a China como seu maior concorrente e a Rússia como sua maior ameaça de Estado-nação. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que este século será definido por uma disputa existencial entre democracias e autocracias.

Patrushev disse que o Ocidente estava há anos preparando a Ucrânia para uma guerra com a Rússia e que a Ucrânia havia tentado atacar as usinas nucleares russas, incluindo as usinas de Leningrado, Kalinin e Kursk.

“Em 26 de outubro, um Vant (veículo aéreo não tripulado) ucraniano atingiu um depósito de resíduos nucleares no território da Usina Nuclear de Kursk”, disse Patrushev na televisão estatal.

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A Reuters não conseguiu verificar suas afirmações, para as quais ele não ofereceu nenhuma evidência específica. A Ucrânia não fez comentários imediatos.