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SÃO PAULO – O número de processos judiciais contra construtoras na cidade de São Paulo segue em ritmo ainda maior do que o verificado em 2010. De acordo com pesquisa do escritório Tapai Advogados, especializado na área imobiliária, foram registradas 404 ações judiciais contra as construtoras nos primeiros seis meses do ano.
Se este número se repetir na segunda metade do ano, a quantidade de processos judiciais contra estas empresas pode ultrapassar o número verificado em 2010, quando foram registrados 727 processos no acumulado dos doze meses.
Entretanto, em algumas construtoras, como a Cyrela, o número de processos do primeiro semestre já é maior do que o total do ano passado, conforme a tabela a seguir:
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| Ações judiciais contra construtoras | ||||
|---|---|---|---|---|
| Empresa | 2008 | 2009 | 2010 | 1º semestre de 2011 |
| Tenda | 57 | 139 | 293 | 164 |
| Gafisa | 44 | 73 | 157 | 80 |
| MRV | 11 | 58 | 133 | 50 |
| Cyrela | 22 | 28 | 63 | 65 |
| Ecoesfera | 8 | 2 | 50 | 34 |
| Fit (gafisa) | 5 | 7 | 31 | 11 |
| Total | 147 | 307 | 727 | 404 |
| Fonte: Tapai Advogados | ||||
Motivos
Segundo o levantamento, o atraso na entrega dos imóveis vendidos na planta ainda é o principal motivo para o descontentamento dos clientes. “Muitas companhias prometem entregar o imóvel num período que sabem, de antemão, que não irão cumprir, apenas para fisgar os clientes”, afirma o sócio do escritório, Marcelo Tapai.
O escritório destaca que os números são apenas um extrato do problema, já que, segundo eles, o percentual de pessoas lesadas que recorrem ao Judiciário é historicamente baixo.