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São Paulo confirmou, nesta quarta-feira (1º), mais uma contaminação por ômicron, cepa do coronavírus Sars-Cov-2. Com isso, o Brasil registra três casos da nova variante.
Trata-se de um homem vindo da Etiópia e que esteve de passagem recente pela África do Sul. Ele desembarcou no aeroporto de Guarulhos (SP) neste último final de semana. No próprio aeroporto, o passageiro se submeteu a exames no laboratório CR Diagnósticos e descobriu estar com Covi-19.
Amostras do exame dele foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, e as análises detectaram a presença da nova cepa do coronavírus nesta quarta.
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O passageiro, de 29 anos, não apresentava sintomas quando foi testado. Ele completou o ciclo vacinal de imunização contra o coronavírus ao receber as duas doses da Pfizer.
Segundo a secretaria de Saúde do governo Doria (PSDB), o rapaz está em isolamento domiciliar desde o último sábado (27), continua não apresentando sintomas da Covid-19 e sendo acompanhado pela vigilância da cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, onde reside.
Dois primeiros casos
Amostras laboratoriais de um casal proveniente da África do Sul que também desembarcou em Guarulhos apresentaram resultado positivo para a nova cepa, segundo informou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta terça (30).
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Os testes foram realizados no laboratório Albert Einstein e passaram por uma contraprova no Adolfo Lutz (IAL), que confirmou a presença da nova variante.
O casal chegou ao aeroporto de Guarulhos, no dia 23, de um voo que partiu do país africano. Eles portavam exames negativos para a Covid-19.
No retorno à África do Sul, o casal se submeteu a novos exames no laboratório localizado no mesmo aeroporto, no dia 25.
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Na ocasião, ambos tiveram resultado positivo para a Covid-19, e o fato “foi comunicado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de São Paulo”, disse a Anvisa.
O laboratório Albert Einstein fez o sequenciamento genético das amostras e também notificou a Anvisa, nesta terça, de que o material continha a variante Ômicron do Sars-Cov-2, antes do resultado oficial obtido no Adolfo Lutz.
O homem, de 41 anos, e a mulher de, 37 anos, permanecem em isolamento domiciliar e estão sob monitoramento de familiares e equipes das vigilâncias estadual e municipal de São Paulo.
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Quando testaram positivo para a Covid-19, ambos apresentavam sintomas leves da doença e já estavam imunizados com a dose única da Janssen. Não há informações atualizadas do quadro de saúde deles.
A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético. A pasta da saúde do governo paulista diz que acompanha e auxilia nas investigações, em tempo real, de todas as variantes de preocupação do coronavírus, tais como Delta, Alpha, Beta, Gamma e, agora, a ômicron.
Segundo Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do estado de São Paulo, o comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude de fatores demográficos e climáticos.
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“Por isso, aproveitamos para reforçar a importância da vacinação, principalmente entre aquelas 3,9 milhões de pessoas [no estado de SP] que ainda não tomaram a sua segunda dose, pois somente desta forma estarão totalmente protegidas”, disse.
Contenção da nova variante
Pesquisas científicas já descobriram que a ômicron possui um total de 32 mutações incomuns na proteína spike, parte do vírus que a maioria das vacinas usa para preparar o sistema imunológico contra a Covid-19.
Esse ritmo é, segundo os estudos, o dobro das mutações encontradas na Delta, outra variante altamente transmissível e que foi a responsável pela onda global mais recente de contaminações e óbitos por Covid-19.
“As mutações [da ômicron] podem conferir potencial de escape imunológico e possivelmente vantagem de transmissibilidade”, disse a OMS (Organização Mundial da Saúde). “Dependendo dessas características, pode haver surtos futuros de Covid-19 com consequências graves”.
No momento, os pesquisadores buscam saber se a ômicron é mais transmissível do que as demais cepas em circulação, se eleva a gravidade do quadro clínico das pessoas contaminadas e se ela é capaz de driblar a eficácia das vacinas em uso.
A OMS alertou os países nesta semana de que o uso de máscara, o distanciamento social, além de se evitar aglomerações e ambientes fechados continuam sendo estratégias profiláticas de contenção da nova variante.
A organização também aconselhou os governos a promover duas estratégias: a testagem em massa da população, para mapear se a ômicron está em ampla circulação; e a ampliação da vacinação, para prevenir e reduzir a gravidade da Covid-19 entre pacientes contaminados.